sexta-feira, 14 de outubro de 2011


No dia seguinte M conversa com Elaine e pede sua ajuda.
- Oi. Você sabe como o Victor está?
- Hein! Responde Elaine sem compreender a pergunta.
- Ô Elaine, você não tá namorando o Victor? Então, ontem o Tuca cercou o Victor num shopping e lhe deu uma surra.
Espantada com a notícia Elaine tenta obter mais informações mas sem dar na vista que não sabia de nada.
- Mas quem te disse isso? Aliás como você ficou sabendo que foi uma surra? Despistou.
- Isso não importa. Ele tá bem? Tô preocupada ele não voltou para o prédio e parece que foi internado. Entregou.
- Bom M, você vai me desculpar mas não posso te passar essas informações.
- Como não? Você é minha amiga. Meu namorado agrediu o seu e você não pode me disser nada a respeito? Por que? Foi tão grave assim?
Elaine respira fundo. Tem que escapar dessa armadilha.
- M. por uma questão de segurança do próprio Victor não posso te dizer. Somente que ele tá bem e sob cuidados médicos. Nada mais. Por favor não quero mentir pra você então não me pergunte mais nada.
M concordou mesmo não aceitando a resolução da amiga. Afinal a culpa era toda dela. Tinha que se desculpar, ou sei lá, fazer alguma coisa para amenizar a situação, afinal somos vizinhos e já bastava a proibição da entrada do Tuca no prédio, além dos vizinhos lhe olhando torto.
- Tá certo. Mas você vai me prometer uma coisa.
- O que M? Perguntou já irritada Elaine. Doida pra por um final nesse assunto antes que se enrolasse.
- Que assim que ele ficar bem você vai comigo ao apartamento dele. Preciso pedir desculpas e se você for comigo ele vai me receber. Tenho certeza.
Elaine sorriu. Ir ao apartamento do Victor? Ótima idéia.
- Tá certo. Assim que ele tiver em condições de falar com você nós combinamos e vamos juntas. Prometo.
M sorriu. Pelo menos teria a chance de suavizar a situação. Estava por demais constrangida com tudo que ocorreu.
No dia da minha alta já tínhamos marcado uma reunião extra pois devido aos meus problemas de saúde toda a nossa programação foi alterada. Ao chegar na produtora todos queriam saber como estou me sentindo. É sempre bom saber que se preocupam com você. Faz bem ao ego saber que existem pessoas que te amam. Bom... na reunião soubemos da nossa próxima rotina. Como estou voltando de uma lesão meu empresário pegou leve e estaremos no estado de São Paulo. Vamos para a capital e algumas cidades no interior. Serão cinco shows no total. Fico feliz. São Paulo acabou se tornando uma espécie de 2a casa para mim e meu irmão, devido ao tempo que trabalhamos lá logo depois de sairmos de Minas e além disso foi lá que conquistamos de vez nosso espaço na música sertaneja. Doces recordações. Partiremos em dois dias. Primeiro interior e por último voltamos ao bom e velho Villa Country.
Fico feliz e saio da produtora cheio de gás. Não vejo a hora de voltar aos palcos e me sentir livre. Além disso ainda não desisti de encontrar a MINHA AMADA. Já pensou? Ela ser da mesma terra que conquistei meu espaço? Nossa! Seria muita coincidência. São Paulo, terra onde venci e encontrei meu AMOR. Seria incrível! Vou para o meu apartamento. Chega de ficar na casa da mamãe. Eu preciso do meu espaço e ela do dela. Chego no prédio e bate um receio. Vai que aquele almofadinha estava lá pra me enfrentar novamente. Não. Dessa vez ele teria troco. Nem que eu ficasse mais 2 meses de molho mas que eu revido tudo. Ah! Revido. Dispensei o segurança depois de muita insistência com meu empresário e meu irmão. Imagina. Era só o que faltava ter que andar com um segurança junto. No prédio tudo está tranqüilo como sempre. Vou para o meu apartamento e ainda no elevador penso em M. Será que ela sabe do ocorrido? Bom, ela que se cuide. Aquele cara é perigoso.

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