No dia seguinte M conversa com Elaine e pede sua
ajuda.
- Oi. Você sabe como o Victor está?
- Hein! Responde Elaine sem compreender a pergunta.
- Ô Elaine, você não tá namorando o Victor? Então,
ontem o Tuca cercou o Victor num shopping e lhe deu uma surra.
Espantada com a notícia Elaine tenta obter mais
informações mas sem dar na vista que não sabia de nada.
- Mas quem te disse isso? Aliás como você ficou
sabendo que foi uma surra? Despistou.
- Isso não importa. Ele tá bem? Tô preocupada ele não
voltou para o prédio e parece que foi internado. Entregou.
- Bom M, você vai me desculpar mas não posso te
passar essas informações.
- Como não? Você é minha amiga. Meu namorado agrediu
o seu e você não pode me disser nada a respeito? Por que? Foi tão grave assim?
Elaine respira fundo. Tem que escapar dessa
armadilha.
- M. por uma questão de segurança do próprio Victor
não posso te dizer. Somente que ele tá bem e sob cuidados médicos. Nada mais.
Por favor não quero mentir pra você então não me pergunte mais nada.
M concordou mesmo não aceitando a resolução da amiga.
Afinal a culpa era toda dela. Tinha que se desculpar, ou sei lá, fazer alguma
coisa para amenizar a situação, afinal somos vizinhos e já bastava a proibição
da entrada do Tuca no prédio, além dos vizinhos lhe olhando torto.
- Tá certo. Mas você vai me prometer uma coisa.
- O que M? Perguntou já irritada Elaine. Doida pra
por um final nesse assunto antes que se enrolasse.
- Que assim que ele ficar bem você vai comigo ao
apartamento dele. Preciso pedir desculpas e se você for comigo ele vai me
receber. Tenho certeza.
Elaine sorriu. Ir ao apartamento do Victor? Ótima
idéia.
- Tá certo. Assim que ele tiver em condições de falar
com você nós combinamos e vamos juntas. Prometo.
M sorriu. Pelo menos teria a chance de suavizar a
situação. Estava por demais constrangida com tudo que ocorreu.
No dia da minha alta já
tínhamos marcado uma reunião extra pois devido aos meus problemas de saúde toda
a nossa programação foi alterada. Ao chegar na produtora todos queriam saber
como estou me sentindo. É sempre bom saber que se preocupam com você. Faz bem
ao ego saber que existem pessoas que te amam. Bom... na reunião soubemos da
nossa próxima rotina. Como estou voltando de uma lesão meu empresário pegou
leve e estaremos no estado de São Paulo. Vamos para a capital e algumas cidades
no interior. Serão cinco shows no total. Fico feliz. São Paulo acabou se
tornando uma espécie de 2a casa para mim e meu irmão, devido ao
tempo que trabalhamos lá logo depois de sairmos de Minas e além disso foi lá
que conquistamos de vez nosso espaço na música sertaneja. Doces recordações.
Partiremos em dois dias. Primeiro interior e por último voltamos ao bom e velho
Villa Country.
Fico
feliz e saio da produtora cheio de gás. Não vejo a hora de voltar aos palcos e
me sentir livre. Além disso ainda não desisti de encontrar a MINHA AMADA. Já
pensou? Ela ser da mesma terra que conquistei meu espaço? Nossa! Seria muita
coincidência. São Paulo, terra onde venci e encontrei meu AMOR. Seria incrível!
Vou para o meu apartamento. Chega de ficar na casa da mamãe. Eu preciso do meu
espaço e ela do dela. Chego no prédio e bate um receio. Vai que aquele
almofadinha estava lá pra me enfrentar novamente. Não. Dessa vez ele teria
troco. Nem que eu ficasse mais 2 meses de molho mas que eu revido tudo. Ah!
Revido. Dispensei o segurança depois de muita insistência com meu empresário
e meu irmão. Imagina. Era só o que faltava ter que andar com um segurança
junto. No prédio tudo está tranqüilo como sempre. Vou para o meu apartamento e
ainda no elevador penso em M. Será que ela sabe do ocorrido? Bom, ela que se
cuide. Aquele cara é perigoso.
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