- Ah! Leo pode ficar despreocupado. Aqui é tudo uma grande
família. Não se preocupe vamos todos cuidar muito bem do seu irmão. Eu
principalmente. Somos vizinhos e temos muito carinho um com o outro, né Victor?
Tá! Vai acreditando nisso! Pensei. Preferi apenas lhe
sorrir. Um sorriso meio amarelo, sem graça. O Leo se despede e graças a Deus
tem um rompante de bom senso.
- Bom, já vou indo então. A senhora desce comigo D. Matilde?
Ela prontamente lhe sorri. Um sorriso largo. Como aqueles de
uma criança que acaba de ser convidada pra tomar um belo de um sorvete.
- Vou sim. Vou sim querido. Victor, estou indo para o
carteado, mas mais tarde passo aqui pra saber como você tá, viu.
- Não precisa D. Matilde. Vou para a casa da minha mãe. Devo
só voltar amanhã pela manhã. Obrigado.
Eles saem e o Leo segura a porta do elevador para ela
entrar. Ela entra. Ele me olha sorrindo e eu só lhe olho fazendo uma bela de
uma careta. Eles descem e eu fecho a porta respirando aliviado. Foi por pouco.
Só me faltava essa. D. Matilde de minha enfermeira. Eu não colei chiclete de
baixo da mesa da Santa Ceia!
Liguei para minha mãe. Conversamos um pouco, ela
estranhou meu telefonema, mas depois que expliquei o ocorrido ela ficou mais
preocupada ainda. Disse que era só o tempo de jogar uma água no corpo e ir para
lá. Então ela ficou tranqüila.
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