De repente D. Mirtes
aparece na varanda.
- Patrão. O lanche
tá na mesa.
Tomo um susto afinal
não percebi a hora passar.
- Oi D. Mirtes.
Obrigado. Vou só tomar uma ducha e já volto então. E M?
- Terminando de
fazer o bolo.
- Tá certo!
Levantei da rede,
juntei minhas coisas e fui para o meu quarto tomar uma ducha. Passei pela porta
da cozinha e vi M entretida com o bolo. Não resisti e provoquei.
- Ih! Já vi que hoje
não tem bolo. Tá me enrolando é M? Brinquei.
Ela fez uma careta e
mostrou a língua pra mim.
- Pra hoje não dá
mesmo. Será pro café da manhã. Tem que ir pra geladeira esqueceu é?
- Tá certo. Ah! Não
precisa mostrar a língua não tá. Eu sei que você tem uma.
Brinquei novamente.
Arrancando mais uma das suas deliciosas risadas. Fui para o quarto e tomei um
banho relaxante. No corredor encontrei M que disse que também iria tomar um
banho.
- Então vou te
esperar, não demora tá. Tô com fome.
- Ô Victor. Se você
tá com fome, vai lá. Não precisa me esperar não.
- Tô brincando sua
boba. Mas não demora tá?
Ela riu e concordou
com a cabeça entrando em seguida no quarto de hóspedes. Fiquei ali na sala
conversando com D. Mirtes. Depois de um tempo M aparece. Cabelos molhados,
vestindo um moletom rosa. Sentou-se comigo a mesa para lanchar. D. Mirtes pediu
licença e foi para a cozinha providenciar algumas coisas que pedi.
- Amanhã vamos
pescar tá!
- Naquele lago que
você mostrou?
- Não. Tem um rio
aqui perto. Vamos de charrete. É passeio pro dia todo tá.
M concordou e
fechamos o dia assim, conversando, ouvindo muita música e as estórias de
pescador que eu e o Ferreira contávamos.
No dia seguinte
levantamos cedo. M já estava na mesa conversando com D. Mirtes quando cheguei
na sala.
- Bom dia! Pelo
visto já pegou o ritmo da fazenda. Levantando com as galinhas né!
- Bom dia! É acho
que peguei sim, aqui é tudo tão tranqüilo e calmo. Durmo feito uma pedra e
acordo com os passarinhos cantando na janela. Tô adorando isso aqui. Por mim não
iria embora nunca mais.
- Não me dá idéia
não M. Não me dá idéia. Brinquei.
Tomamos nosso café,
e como prometido tinha o bolo de coco da M. Delicioso. Fiquei fã também.
Terminamos nosso café e fui me encaminhando pra cozinha.
- D. Mirtes,
providenciou o que pedi?
- Sim patrão. Tá
tudo aqui. Mostrou uma cesta de palha grande.
- E a toalha?
- Tá separada aqui
ó. Coloquei as bebidas no isopor como o senhor pediu.
- Tá ótimo. E a
charrete? O Ferreira preparou?
- Ele já deve tá
vindo patrão.
- Nossa! Pra que isso
tudo? Não vamos pescar? Pergunta M entrando na cozinha.
- Ih! Minha filha,
pescaria com o Seu Victor é assim, passeio pro dia todo. Vocês vão pescar no
lago ou no rio patrão?
- No rio D. Mirtes,
sinto que hoje trago um dos grandes. Brinquei.
- M acho melhor você
levar seu biquíni e protetor solar também. Você vai adorar tomar um banho no
rio. A água é geladinha mas deliciosa. Aconselhou D. Mirtes.
- Ah! Mas um
repelente também não vai mal não viu. Lembrei.
- Então vou me
trocar. Licença. Se despede M.
Logo em seguida
entra Ferreira.
- Patrão. A charrete
tá pronta. O material da pescaria já está lá. Arrumei alguns mussuns pra servir
de isca tá. Estão numa lata de banha.
Fui para meu quarto,
me arrumei e voltei com o violão nas costas. M já estava na varanda, conversava
com D. Mirtes e o Ferreira.
- Vamos a pesca?
Convidei.
- Vamos sim.
A charrete estava na
porta nos esperando. Acomodei o violão na parte de trás junto com as coisas e
ajudei M a subir. Subi logo em seguida dando uma leve sacudida nas rédeas o que
fez com que o cavalo começasse a andar.
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