domingo, 2 de outubro de 2011


Na hora combinada Tuca e seu Cherokee novinho chegam ao prédio de M. Ele estaciona na frente da portaria, desce do carro e aperta o interfone. M corre para atender.
- Oi gata, tô aqui em baixo.
- Tá. Já estou descendo.
Quando chega na portaria M encontra D. Matilde e Seu Calixto em mais uma discussão. Logo cumprimenta a todos e pensa. “Esses dois... se ele não fosse casado aposto que ela dava em cima dele”. Sorriu e saiu em seguida indo de encontro ao Tuca que já estava no carro. Entrou e foi recebida com um caloroso beijo.
- Nossa! Isso tudo é saudades de mim é?
- Muita. Muita saudade. Ah! E isso aqui também é pra você.
Disse Tuca lhe estendendo uma caixa com laço vermelho. Era uma caixa de bombons finos. Ela abriu e sorriu para ele. Agradecendo.
- Vamos? Perguntou.
- Vamos.
Foram a um dos restaurantes mais fino e romântico da cidade. Tuca era todo carinho e atenção com M que no inicio estranhou um pouco mas adorou tanto zelo. Elaine tinha mesmo razão. Tinha que investir nesse relacionamento.
Durante o jantar Tuca se mostrou o mais carinhoso dos namorados e isso acabou encantando M. Conversaram bastante e M lhe explicou que procurava algo mais sério na sua vida o que acabou por deixar Tuca bastante eufórico. Ela queria um relacionamento sério, ele custava a acreditar, para ele, M era a mulher da sua vida.
- Bom, já que estamos assumindo um compromisso gostaria de te fazer um convite.
- Aceito. Respondeu prontamente Tuca.
- Mas você nem sabe o que é o convite.
- Vindo da minha gata só pode ser coisa boa. Sorriu.
- Eu adoraria que você fosse comigo no Festival que estamos organizando.
Com cara de quem não gostou do convite ele retorquiu.
- Ah gata! Aquele do Parque do Sabiá?
- É. Por que? Você não pode ir? Poxa Tuca, eu iria adorar assim todos saberiam que estamos realmente juntos.
Tuca coça a cabeça, tinha que arrumar uma boa desculpa pra não ir. Não tinha paciência para esse tipo de música. Gostava mesmo é de um bom Heavy Metal.
- Sabe o que é... começou a falar buscando uma saída para essa enrascada.
Pensou, pensou mas não encontrava uma boa resposta. Não podia falhar novamente. Já bastava a besteira do que foi o dia da tempestade.
- Que saber. Se isso faz a minha gata feliz eu vou, pronto!
- Jura!
- Juro. Não é o que você quer? Então, faço qualquer coisa pra ver minha gata feliz.
Era melhor fazer esse sacrifício do que perder a namorada. Era muito namorador mas nunca teve namoros longos, as meninas com quem se relacionara logo o dispensavam e ele não fazia a menor idéia do porque. Era um homem, romântico, solicito e carinhoso. E como M queria um compromisso resolveu se sacrificar. Depois mudava a sua cabeça, seus gostos. Era insistente e a faria mudar de opiniões.
- Mas eu não quero te atrapalhar. Disse reticente M pois estranhara a demora dele responder o convite quando disse o que era.
- Você jamais me atrapalha gata. Sobremesa? Emendou Tuca.
- Sim.
Terminaram o jantar com o Tuca tendo que ouvir todo o entusiasmo de M com a organização do festival. Achava tudo um tédio mas tinha que agüentar, pelo menos por enquanto. Saíram do restaurante e Tuca sugeriu um motel. M ficou um pouco na dúvida, mas como ele tinha sido todo carinhoso para com ela resolveu aceitar. Não tinha tirado Victor da cabeça, seus beijos e tudo que aconteceu naquela noite. Mas estava disposta a esquecer.
No Sul do país...

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