sexta-feira, 7 de outubro de 2011


- Eita. Você hein! Não mudou nada. Aliás, mudou sim, tá um pouquinho mais encorpado. Disse rindo vindo em minha direção e pousando suas suaves mãos nos meus ombros.
- Nossa! Mundo pequeno, né! Bem que percebi. Só você mesmo pra conhecer meu corpinho dessa forma. Brinquei.
Com a sua massagem já não sentia mais dor. Não. Vamos ser sinceros. Dor ainda tinha. Mas só um pouquinho.
- Mas que negócio é esse de mais encorpado. Estou esbelto isso sim. Sou igual a vinho. Quanto mais velho, melhor.
Ela riu. Virou-se novamente para a bancada pegando um outro creme.
- Vamos relaxar?
Eu apenas concordei balançando a cabeça. Estava feliz, além de não sentir mais dor estava nas mãos da minha Doce DJU. Melhor que encarar o Jorginho duplex.
Ela se volta para mim e recomeça a massagem. Dessa vez, começa pelos pés. Ela me pergunta como foi que me machuquei. Eu lhe explico. Ela ri.
- Você não se emenda né Victor. Não pode ser provocado que cai na pilha. E o Leo? Como ele tá?
- Tá preocupado coitado. Tá aí fora.
- Ele também veio? Ah! Quando terminarmos aqui vou com você na recepção. Quero dar um abraço naquele JOÃO GRANDÃO.
- Por que não deixamos as formalidades de lado? Me chama do jeitinho que você me chamava. Peço.
Ela me olha sorridente. E sobe suas mãos para minhas pernas deslizando até minhas coxas.
- Victor, Victor. Diz sorrindo.
- Ah! Chama vai. Suplico brincando. Tô dodói, preciso de carinho. Faço carinha de carente e ela só ri mas não atende ao meu pedido balançando a cabeça negativamente.
Ela continua a subir pelo meu corpo. Sinto-me cada vez mais relaxado. Quando chega em meu peito. Seguro sua mão e novamente peço.
- Chama vai!
Ela se aproxima do meu rosto. Encosta sua boca em meu ouvido e diz baixinho.
- Branquinho!
Ambos rimos. Estou completamente relaxado. A presença de DJU nesse momento foi como uma benção pra mim. Ela termina a massagem. Tristeza define esse momento. Tava adorando ser tocado pela minha DJU.
- Pronto! Agora o senhor pode levantar e se trocar.
- Mas já? Poxa, faz mas um pouquinho. Tava tão bom.
Ela sorri.
- Pelo visto você não mudou mesmo. Sempre pidão. Infelizmente já terminamos mesmo. Tenho outros pacientes pra atender.
Faço carinha de triste mas ela não se sensibiliza. Só sorri para mim e me aponta o vestiário. Levanto da maca e nem parece que tive o que tive. Ela simplesmente fez a dor sumir por completo.
- Nossa! Você é boa mesmo. Não sinto mais nada.
- É? Que bom. Mas se cuida, toma seus remédios. O médico te passou alguma coisa, não foi?
- Passou sim, um antiinflamatório injetável.
Faço careta e ela só ri.
 - Já comprou?
- Num sei. Acho que já compraram para mim.
- Se quiser posso aplica-lo em você. Já deve tá passando o efeito do remédio que você tomou ontem.
- Ah! Mas com esse tratamento vip eu fico bom rapidinho.
Ela ri e começa a guardar tudo. Potes, toalhas. Vou ao vestiário e troco de roupa. Realmente estou me sentindo bem melhor, sinto apenas um leve incomodo nas costas. Deve ser o efeito do remédio passando mesmo.
Termino de me arrumar e ela ainda está ali, me esperando. Conversa com a atendente que me levou até a sala.
- Você vem falar com o Leo?
- Vou sim. Só um minuto.
Ela passa algumas instruções a atendente e se vira para mim sorrindo.
- Vamos.
Abro a porta e faço menção para ela ir na frente. A atendente fica, terminando de arrumar a maca para o próximo paciente. Pego sua mão e entrelaço com a minha. Saímos assim, juntinhos e vamos para a recepção.
Quando abrimos a porta que dá para a recepção, vejo o Leo conversando com o meu empresário, ambos distraídos. Eles notam minha presença e logo se levantam. Quando vê quem está ao meu lado meu irmão abre o maior sorriso. Não gostei. Ciúmes.
- Juliana. Que surpresa boa. Diz todo solicito.
Eles se cumprimentam e então a apresento ao meu empresário. Eles trocam cordialidades. Perguntam como estou me sentindo e eu respondo.
- A DJU salvou a minha vida. Mãos de fada.
Falo bem alto pra que todos saibam. Ela é MELHOR que o Jorginho duplex. Então ela pergunta sobre a medicação e o meu empresário mostra para ela. Estava junto com a receita e planejava passar numa farmácia assim que saíssemos para que eu tomasse minha injeção. Argh!
- Deixa que eu mesma aplico. Disse DJU esticando as mãos para pegar a medicação.

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