terça-feira, 18 de outubro de 2011

Então você caro leitor já deve ter entendido. Nos amamos ferozmente. Essa mulher me domina por completo faz de mim somente seu objeto de prazer. Rolamos por toda a extensão da cama. Diversas posições. Amor? Não, tesão. O mais puro e profundo tesão animal. É. São essas palavras que definem melhor o que acontece. Quando nossos corpos chegam a exaustão deito de barriga para cima e suspiro fundo.
- Nossa! O que foi isso tudo? Questiono em voz alta.
Ela ri.
- Desejo meu querido. Desejo. Responde com uma voz baixa, de cansaço.
Ficamos mais um tempinho ali. Tentando retomar o fôlego. Incrível!
De repente ela quebra o silêncio.
- Posso usar seu banheiro?
- Claro. Fique a vontade.
Vejo ela se levantar da cama e se encaminhar sensualmente para o banheiro. Ela entra e antes de fechar a porta olha para mim e pisca o olho. Sorrio. Se isso é um sonho ai de quem tentar me acordar agora. A porta se fecha e com ela some esse mistério em forma de mulher. Procuro não questionar nada. Quero mais é aproveitar esse momento.
Logo ouço um barulho de água. Ela resolveu tomar um banho. Então me vem a idéia. Levanto da cama rapidamente e vou em direção ao banheiro. Abro a porta devagar, com receios de que esteja trancada. E quando abro, olho aquela mulher singular. Ali, toda nua banhando-se tranqüilamente. Entro, sem fazer barulho. Ela não me nota então sigo adiante com a minha idéia. Abro silenciosamente a porta do box. Ela está com a cabeça em baixo do chuveiro e não ouve o barulho do blindex se abrindo. Entro e a abraço por trás, então ela diz:
- Demorou hein!
Safada. Ela todo tempo sabia que eu estava ali indo em sua direção. Sua armadilha. Fecho a porta novamente e beijo sua nuca, pego o sabonete de suas mãos e começo a ensaboa-la. Tomamos um belo banho juntos. Eu dou banho nela e ela em mim.
Durante nosso banho voltamos a nos beijar, ela como sempre não falava nada e eu ... Bom eu estava completamente rendido aos mistérios dessa morena monumental. Enquanto nos beijávamos encostei ela na parede do box. Unindo-a ao meu corpo. Ela me olhava fixamente então começa a subir uma de suas pernas prendendo-a na minha cintura. Nossa! Que flexibilidade ela tem. Nos amamos novamente, com a mesma urgência de antes. Sinto suas mãos deslizarem pelas minhas costas. Ora subindo, ora descendo até minha bunda e eu mantendo meu ritmo compassado. Quando de repente sinto suas unhas sendo fincadas em minhas carnes. Solto um gemido. Uma mistura de dor e prazer. Sexo animal. Loucura, mas incrivelmente bom.
Terminamos nosso banho assim entre caricias e muito sexo. Voltamos para cama. Uma posição mais confortável para aproveitarmos mais a noite. Lariça é uma mulher incrível. Não fala muito mas é totalmente desinibida na cama. Entrego meu corpo e minha alma as suas vontades. Sem medo. Sem restrições. Temos uma noite de completo prazer. Quando a noite se faz inteira e o cansaço bate em meu corpo. Adormeço. Um sono leve, tranqüilo. Acordo de repente olho para o lado e Lariça não está mais lá. Olho para a porta do banheiro. Aberta. Luz apagada. Chamo por seu nome mas o silêncio me responde. Ela se foi? Como assim? Depois de tudo que vivemos nessa noite. Nem mesmo um tchau ela me deu? Não consigo acreditar que isso está acontecendo. Devo ter sonhado. Levanto, ligo a luz do quarto. Olho novamente no banheiro. Vazio. Assim como meu peito. Chamo novamente seu nome. Silêncio. Olho para o local onde nos entregamos por completo, a cama, vejo um pequeno papel dobrado na mesa de cabeceira onde até a poucos minutos aquela mulher estava. Estranho e vou em sua direção. O papel na verdade está enrolado em seu anel. Sento na cama. Pego o papel. Um bilhete. Letra típica de mulher. No bilhete diz assim:


 

Desolado. Volto a apagar a luz do quarto e a me deitar. Agora o sono não vem. Custo a acreditar que tudo que vivi nessa noite tenha sido real. Magia. Se assim posso definir o que acabei de viver. Magia e mistério. Assim como minha companheira. Misteriosa morena. Ligo o rádio na mesa ao meu lado. Ouço uma música. Fico pensando em tudo. Viajo junto com a música e então me entrego nos braços de Morfeu. Durmo profundamente com um leve sorriso nos lábios. Quem sabe. Se realmente sonhei, posso perfeitamente viver tudo de novo.

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