segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Enquanto nos beijamos desço minhas mãos por suas costas junto com o fecho de seu vestido. Ela então começa a desabotoar minha camisa e a cada botão aberto recebo um beijo carinhoso em meu peito. Seu vestido cai, roçando toda sua pele deixando-a arrepiada. Vejo que está vestindo uma linda lingerie branca com detalhes em renda. Acaricio seus seios por cima de suas poucas peças. Ela solta um suspiro longo e profundo. Vamos nos desfazendo de nossas roupas, sem pressa e com muito carinho. Estou tão envolvido nesse clima que esqueço tudo. Meu machucado, os problemas de trabalho, M., só quero ficar ali. Nos braços da minha DJU. Assim que estamos completamente livres. Abraço-a com força juntando ainda mais nossos corpos. Tínhamos febre. Febre de amor. Febre de nos amarmos. De sermos um do outro, nada mais. Conduzo-a em direção ao banheiro. Chegando lá a banheira de hidromassagem está ligada. Sais de banho e mais algumas pétalas de rosa completam nosso banho que será iluminado somente com velas.
Quando vê todo o cenário ela dá um largo sorriso.
- Você hein! Sempre pensando em tudo. Não esquece nenhum detalhe.
- Para te recompensar pelo bem que me fez hoje.
- Ah! Logo vi. Sabia que esse agrado todo tinha um motivo. Zomba.
Viro-a de costas e a abraço com firmeza encaminhando-a em direção a banheira.
- Mas não foi só por isso não. Tem as saudades também. Saudades de você. Digo isso já beijando sua nuca deixando-a ainda mais excitada.
Entro na banheira e seguro em suas mãos para que entre junto comigo. Nos sentamos um de frente para o outro. Suas pernas cruzam em minhas costas. A abraço puxando mais para junto de mim. Beijo-a ardentemente. Então nos entregamos aos desejos e as saudades dos nossos corpos. Nos amamos como antes. Como sempre.
Saímos do nosso banho, muito tempo depois. Foi um banho demorado, carinhoso e romântico. Como a muitos anos não tinha. Acho até que a última vez que amei alguém assim foi a própria DJU. Saímos do banheiro enrolados em uma só toalha, brincando e rindo. Nos deitamos na cama ela ali iluminada somente pelos reflexos das velas. E eu. Bom eu estava completamente encantado. Nos amamos a noite toda. Como é bom fazer amor. Não sexo, amor. Sim caro leitor por que nessa noite eu amei uma mulher excepcional. Quando a madrugada já tomava conta e nossos corpos estavam extenuados de prazer e felicidade. Deitamos um ao lado do outro. Nos olhando no fundo dos olhos.
- Ah! DJU. Por onde você andou esses anos todos? Como eu pude deixar você escapar assim de mim hein?
Ela então brinca.
- Estava aqui ó. Aponta para o meu coração. Escondidinha.
Riu e eu também. Trocamos mais caricias. De repente ela respira fundo. Olho sem entender.
- Branquinho! Tenho que ir. Já está tarde.
Faço carinha de triste. Realmente, suas palavras me entristeceram.
- Vai não! Fica. Peço.
- Num dá, Branquinho. Além disso o senhor tem que descansar. Já abusou até de mais. Disse se levantando e fugindo dos meus braços.
Faço biquinho e tudo mas ela começa a se vestir. Sento na cama.
- Poxa! Você não gostou?
- Amei! Tudo lindo e perfeito como sempre. Mas somos adultos né!
Droga! Esqueci que Juliana é uma moça muito madura. Sabe perfeitamente que se deixar eu esqueço de tudo e só fico assim no bem-bom.
- Mas você podia perfeitamente bem ficar, tomar um café da manhã comigo. Tento apelar.
 Risos. 
- Branquinho, Branquinho. Você não se emenda mesmo. Amanhã é domingo, amanhã não, hoje! E se você se lembra é dia de reunião familiar. Então tenho que ir pra minha casa pois logo mais vou ver meus pais e irmãos.
Entristeço. Ela termina de se vestir. Olha para mim.
- Ai! Não faz essa carinha, vai. Assim me sinto mais culpada do que já estou.
- Ótimo. Então em vez de se sentir culpada vem aqui e se sinta feliz. Digo já esticando meus braços para puxa-la.
Seu sorriso me encanta, mas minhas palavras não a convencem. Ela senta na poltrona e começa a calçar seus sapatos. Suspiro profundamente tentando ainda convence-la a mudar de idéia.
Ela olha para mim séria.
- Victor.
Nossa! Quando ela me chama pelo meu nome. Sei que o papo é sério.
- Infelizmente não dá. Você sabe. Nossas vidas tomaram rumos diferentes. Eu te amo, e acho que pra sempre vou te amar. Você foi o melhor namorado que tive em toda a minha vida. Mas ... Ela respira fundo e continua. Mas somos diferentes, queremos coisas diferentes. Vivemos vidas diferentes. Desde de manhã, quando nos reencontramos na clinica eu pensei na possibilidade de voltarmos a ficar juntos. Confesso que até me entusiasmei com essa probabilidade mas pensando friamente não dá. Agora a pouco você me perguntou como eu escapei de você. Eu não escapei Victor, a vida é que nos separou. O nosso momento já passou e infelizmente não temos mais espaço um na vida do outro.
Suas palavras cortavam meu coração, mas tinha que reconhecer ela estava completamente correta. Ficamos conversando mais um pouco consegui convence-la a pelo menos não nos afastarmos por completo. Se não ficaríamos mais juntos pelo menos que continuássemos amigos. Adoro DJU e não quero perde-la novamente de vista. Me levanto e me visto. Acompanho-a até o seu carro. Ela abre a porta. Olha para mim e me abraça. Uma abraço forte, de despedida. Nos beijamos mais uma vez. A nossa última vez. Mando recomendações para sua família. Afinal, em algumas poucas horas volto para Uberlândia. Para minha casa, para minha vida. Ela entra, coloca seu cinto, dá a partida no carro. Volta a me olhar, ali na calçada. Desolado. Sorri, aquele sorriso encantador de sempre. Manda um beijo. Mando outro de volta e ela se vai. Acompanho com os olhos seu carro pela rua até que vira uma esquina e desaparece. Pronto. Meu sonho acabou. Volto para o hotel, vou ao meu quarto e deito na cama. Sinto o seu perfume, um perfume suave mas marcante. Fecho os olhos e tento dormir um pouco. Logo irei para casa. Adormeço com seu perfume em meu corpo.

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