Viro de costas e ela
está ali, linda. A luz da lua torna-a extremamente bela.
- Só 3 músicas, uma
pequena canja.
- E será que posso
pedir uma em especial? Desculpa, não me apresentei. Me chamo Fernanda e sou
admiradora do seu trabalho.
Ela estica sua mão
para me cumprimentar, pego-a e beijo suavemente, mãos delicadas, finas e
macias.
- Vitor. E que
música você gostaria de ouvir Fernanda?
Ela então volta a me
sorrir.
- Chuva de Bruxaria.
Eu concordo com a
cabeça.
- Então tocarei ela
só pra você tá bom?
Ela sorri novamente.
Logo ouço a voz do gerente. Ele anuncia a minha presença e agradece por eu ter
aceitado seu convite em dar uma pequena canja. Sou chamado ao palco.
Cumprimento-o bem como os outros músicos que estavam ali. Sento em um banco,
ajeito tudo e cumprimento a platéia. Olho para frente e Fernanda está sentada
em um dos muitos puffs que estavam dispostos ali. Começo então a minha singela
participação nesse lual.
Sou bastante aplaudido, o público canta comigo, é sempre bom
ter uma platéia participativa mesmo sendo uma platéia tão distinta como essa.
Olho pra Fernanda e lhe dou uma piscada de olho então falo:
- Para acabar vou atender a um pedido especial.
Enquanto canto, não tiro os olhos dela nossos olhares
confirmam o que nossa alma almeja. Termino a minha participação e me despeço do
público. Assim que saio do palco Fernanda está ali, em pé, a minha espera.
Entrego meu violão novamente ao funcionário do hotel e ofereço meu braço pra
Fernanda que aceita prontamente. Voltamos para a piscina. Buscamos um lugar um
pouco afastado, quero conversar com minha bela acompanhante, conhece-la melhor.
Sentamos em um puff mais largo, perfeito pra duas pessoas. Ela de frente para o
palco e eu me sento atravessado no acento, de frente para ela. Então me
pergunta.
- Não sabia que vocês iriam fazer show por esses lados. E
seu irmão cadê?
- Não iríamos fazer
nenhum show. Fomos convidados pra gravar uma participação no novo dvd da
Claudia Leitte mas foi cancelado. Meu irmão voltou pra casa e eu resolvi ficar,
conhecer um pouco a cidade.
- Não conhece Angra
então?
- Não. Primeira vez
que venho e tenho a sorte de ter essa folga no trabalho. E você? Pelo visto
também está aqui a passeio. Tento sondar o terreno.
- Infelizmente não.
Quero dizer, sim e não. Diz rindo timidamente.
- Sim ou não?
- Não, por que vim a
trabalho, reunião com alguns acionistas da empresa pra que presto serviços e
sim por que Angra é sempre um convite, ao mar, aos passeios, não concorda?
- Completamente.
Então você está aqui a trabalho, isso explica seus acompanhantes.
- É, são eles. Mas
agora o trabalho acabou, aproveitei e marquei pro final de semana assim poderia
curtir o mar de Angra. Venho poucas vezes ao Brasil então sempre que posso dou
uma escapada pra cá.
- Você não mora no
Brasil?
- Não. Moro em
Londres. Trabalho pra uma grande multinacional. E convenhamos, Londres é linda
com toda sua arquitetura, mas não chega aos pés da nossa natureza.
- Não conheço
Londres. Mas então como conhece nosso trabalho?
- Vocês são muito
bem divulgado pela comunidade brasileira de lá. Fazem sucesso entre os
brasileiros que moram na Europa, não sabia?
- Nossa! Não fazia a
menor idéia. Vou conversar com o pessoal da gravadora sobre isso. Quem sabe não
arrumam algum show nosso por lá. Espero que você esteja presente nesse dia.
Disse já pegando em sua mão e fazendo carinhos.
O show acaba então a
convido para um passeio a beira mar. Quero muito ficar a sós com essa linda
morena. Vamos caminhando calmamente até a praia. A luz da lua refletindo no mar
deixa um clima de romance em suspenso.
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