terça-feira, 8 de novembro de 2011


M terminou de preparar o prato e fomos para a sala. Logo chegou Ferreira e sentamos os quatro a mesa.
- Hum! Não é que é gostoso mesmo. Parabéns. Tá uma delicia. Elogiei assim que provei. Confesso que pensei em brincar com M igual ela fez comigo com o peixe, mas com D. Mirtes e o Ferreira a mesa não tive coragem. O almoço foi bem animado e como sobremesa pedi um pedaço do bolo de coco da M. Ficamos mais um tempinho ali, conversando fiado. Depois de algum tempo levantei da mesa e chamei M.
- Vamos ver os filhotes então?
- Vamos sim. É só o tempo de colocar minha bota. Deve tá um lamaçal lá fora.
- Tá mesmo filha e coloca um casaco também que tá um arzinho frio. Recomendou Ferreira.
Era gostoso ver o carinho que tinham para com M. Ela também não ficava atrás, se rasgando em elogios e carinhos para com os dois. Uma família de verdade, diriam. Logo M volta pronta para o passeio. Pego em sua mão e vamos para uma das construções onde ficam os animais que tiveram filhotes. Assim de mãos dadas, felizes e alegres.
Quando chegamos na casa M logo se encanta, tinha uma porca e seus doze filhotes, ela tava deitada e os bichinhos faziam uma algazarra para tentar mamar. Rimos muito, M sempre muito espirituosa brincava sem parar fazendo piada de tudo que via. Andando um pouco tinha uma caixa com 4 patinhos, M ficou apaixonada e começou a fazer fotos. Mas pra não perder a viagem começou a cantarolar: “Lá vem o pato, patati patacolá ...”. Não tinha quem não risse ao seu lado. Mais adiante tínhamos duas vacas e seus bezerros. Os bichinhos davam cada cabeçada na mãe, para se alimentar que dava pena das vacas.

 

 


Ficamos algum tempo ali admirando a beleza e a força da natureza se expressando através da procriação. A tarde estava apenas começando e pelo menos a chuva tinha dado uma trégua. Quando terminamos nossa visita ao “berçário”. Tive uma idéia.
- E aí, que tal aprender a dirigir?
M começou a rir.
- Seu carro tem seguro? Tipo, seguro total?
- Vou te ensinar a dirigir uma máquina. Provoco.
- Ihhh! Isso não vai prestar, mas tudo bem. Eu topo.
Vamos andando em direção a garagem da casa principal, no meio do caminho puxo a mão de M para uma outra direção.
- Vem.
Ela sem entender para.
- Victor, seu carro tá pra lá. Aponta pra garagem.
- Vem comigo. Confia em mim. Digo já com um plano na cabeça.
M continua sem entender mas vai comigo mesmo assim.
Chegamos até o local que ficam as máquinas da fazenda. Chego perto de um dos tratores e brinco.
- Tcharammmmmmmmm! Estico meus braços mostrando o trator. Não disse que iria te ensinar a dirigir uma máquina? Então, é essa aqui.
M então se acaba na gargalhada. Chega a chorar de tanto rir. Pego-a pela mão e volto para a garagem onde tá meu carro.
- Melhor não. Do jeito que você é desastrada o estrago vai ser grande depois terei que mandar consertar cercas, correr atrás dos bois, melhor não. Disse levando-a embora dali. Rimos muito com minha brincadeira.
Chegamos na garagem e peço que espere ali, pois iria pegar as chaves do carro.
Vou para a casa principal, pego as chaves e os documentos do carro. Volto e encontro M encostada no carro me esperando. Abro a porta do carona para que ela entre.
- Ué! Eu não vou aprender a dirigir?
- Vai sim, mas não aqui. Temos que ir para um lugar onde não possa fazer estragos. Brinco.
Ela entra e dou a volta entrando também. Ligo o carro e saio da fazenda. Pego uma estrada paralela, e depois outra e mais outra, percebo que M começa a ficar preocupada.
- Fica calma, estou te levando para um campinho de terra onde poderemos ficar mais tranqüilos, não tem árvores nem muros pra você bater. Pego uma estrada de terra batida. O bom que o carro tem tração nas 4 rodas pois com a chuva ficou um pouco escorregadio para dirigir. Chegamos ao campo, estava deserto provavelmente devido a chuva as crianças não foram jogar o futebol de sempre. Paro o carro no meio do campo.
- Agora é com você.

Nenhum comentário: