- Não me olha assim.
- Assim como?
Pergunto.
- Desse jeito que
você tá me olhando. Como se eu tivesse feito algo errado. Eu só cochilei.
Eu ri e afaguei
novamente seus cabelos.
- Boba, eu também
dormi. Acabei de acordar. Acho melhor nós irmos pro quarto. Senão amanhã vamos
estar tortos.
M ainda fez um pouco
de dengo. Fiquei encantado em vê-la dormindo imagina como não me senti ao vê-la
despertando toda envergonhada.
Levantei e estiquei
minha mão para ajuda-la a levantar.
- Vem. Vamos dormir.
M ficou ainda
fazendo um dengo. Peguei sua mão e a puxei pra cima.
- Bora. Preguiçosa.
M se levanta ainda
com preguiça. Encosta a cabeça no meu peito resmungando. Desligo o som e vou
apagando as luzes da sala. Abraço M e começo ir em direção ao corredor. M
continuou a fazer jogo duro.
- Não vai querer que
te leve no colo, vai? Perguntei brincando.
M sorri pra mim, um
sorriso de criança. Então balança a cabeça positivamente.
- Tô com sono. Fala
manhosa.
Então eu rio e
abaixo o braço para pegar suas pernas.
- Não! Tô brincando.
Diz rapidamente.
- Agora é tarde.
Peguei ela no colo.
Então ela encosta seu rosto em meu pescoço, voltando a ser dengosa. Vou andando
com ela.
- Ah! Menininha.
Dorme na sala e depois ainda precisa de colo pra ir pra cama né. Brinco e ela
só ri. Um riso bobo, divertido.
Chego no seu quarto
e a porta está apenas encostada. Abro com o pé. Entramos. Coloco ela deitada na
cama. Tiro seus tênis e a cubro dando um leve beijo em sua testa.
- Boa Noite! Desejo.
- Vai contar
estorinha não? Brinca.
- Engraçadinha você.
Só se for estória de terror, serve?
M balança a cabeça
negativamente. Rindo.
- Boa Noite! E
obrigada pelo jantar, tava delicioso.
Saio do seu quarto e
encosto a porta. Vou para o meu. Troco de roupa e deito adormecendo em seguida.
A manhã seguinte
acordo preguiçoso, o dia permanece chuvoso não dá pra passear assim. Levanto
vou ao banheiro e tomo uma ducha pra ajudar a despertar, me arrumo e vou para a
sala tomar meu café. Ainda no corredor passo pelo quarto da M, a porta continua
encostada do jeito que deixei. Abro devagar e ela ainda está dormindo. Um sono
tranqüilo, gostoso de se ver. Volto a fechar a porta e vou para a cozinha onde
encontro D. Mirtes passando um café fresquinho.
- Bom Dia!
- Bom dia patrão!
Tudo tranqüilo?
- Sim.
- E o jantar? M
ajudou o senhor né! Vi logo cedo a cozinha toda arrumada.
- Não D. Mirtes, M é
minha convidada imagina se eu iria deixar ela tomar conta da cozinha, ela só me
fez companhia mas eu que arrumei tudo.
- E ela?
- Dormindo ainda.
- É com esse
tempinho, o bom é ficar na cama mesmo.
- É verdade, mas
tenho que pensar no que vou fazer com ela hoje, não dá pra andar a cavalo, não
dá pra pescar, ainda não sei.
Nisso M entra na
cozinha, preguiçosa.
- Bom dia!
- Bom dia
dorminhoca. Brinquei.
M se senta a mesa
comigo e começa a se servir de café.
- Chuvinha chata
essa né!
- Poxa, as
plantinhas tem que beber água também, né! Brinquei.
M simplesmente riu.
- E o que vamos
fazer hoje?
- Ainda não sei. Tô
pensando.
- Então eu tenho uma
proposta.
Olhei desconfiado,
lá vinha coisa.
- O quê?
- Ficamos em casa
hoje, pelo menos agora pela manhã. Eu preparo o almoço, o meu macarrão a
putanesca. Demora um pouco pra fazer. Você coloca alguma coisa pra gente ouvir,
mas tem que ser algo alegre, divertido, senão acabamos dormindo que nem ontem.
E de tarde você me mostra os animais que nasceram. Lembra que aquele moço disse
que nasceram um bezerro, dez porquinhos, não sei quantos patos, eu acho...
- Combinado, então.
Mesmo se a chuva continuar, dá pra ir ver esses animais, afinal o local é
fechado. Vou ver a música então. Não sei mas vou ver se tenho alguma tarantela
pra tocar. Disse já me levantando da mesa.
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