domingo, 20 de novembro de 2011


Durante esse tempinho...
M chega em casa, fecha a porta e suspira fundo. Acabou e por pouco muito pouco não acaba pior do que pensava. Será que D. Matilde percebeu alguma coisa. Torcia para que não. Deixa a sua valise no quarto e vai tomar um banho. Tirar a poeira da estrada, assim que termina seu banho, coloca uma roupa limpa e vai para o trabalho. Quando chegasse a noite arrumava tudo. Assim que chega na repartição Elaine vem ao seu encontro.
- Oi amiga! E aí como foi o feriadão?Você tá com uma cara ótima. E os seus pais? Elaine parecia solicita demais pra M que desconversou.
- Foi tranqüilo. Em casa tá tudo em paz. E se foi para sua mesa trabalhar.
Assim que foi despachada por M Elaine voltou para sua mesa, pegou o celular e mandou uma mensagem para Tuca: ELA JÁ VOLTOU. TRATE DE IR LÁ. ELAINE.
No final do dia M se despede de todos. Viajar e ir trabalhar no mesmo dia deixou-a bastante cansada. Foi para casa mas ao sair do prédio em que trabalhava deu de cara com Tuca que a esperava na rua.
- Tuca?
- Oi. Podemos conversar? Na paz.
M respira fundo e concorda.
- Vem, eu te levo pra casa. Diz todo atencioso abrindo a porta do carrão, que pra variar estava parado em lugar proibido
- Não Tuca. Eu já te falei, não querem que você entre no prédio.
- Oras, eu não entro. Fico com você na porta, pode ser?
Ela novamente concordou. Tuca era um cara muito esperto, sempre dava um jeito de resolver as situações ao seu favor. Ela entra no carrão dele e ele entra em seguida dando a partida e rumando para o prédio de M. Foram o caminho todo em silêncio. Ela pensando no que ele queria e ele em como resolver para voltar com ela. Assim que chegam ao prédio Tuca estaciona bem em frente a entrada principal. Eles tiram o cinto então ele começa a falar:
- M queria tanto ter falado contigo antes mas não consegui. Seu celular dava só fora de área. E o seu telefone de casa não atendia. Queria que você me perdoasse, sei que fui um monstro contigo. Super grosseiro. Mas quero muito reatar o nosso namoro. Eu te amo e faço qualquer coisa pra que você me perdoe. Disse fazendo caras e bocas de arrependimento.
- Tuca. Acho que esse nosso relacionamento não tem mais jeito. Não te quero mal, mas entenda, não combinamos então é melhor sermos somente amigos.
- Poxa M! Por favor, me dá uma chance. Eu prometo pra você que vou mudar. Eu juro!
- Não dá Tuca. Infelizmente não dá. Sabe eu viajei nesse feriado...
- Viajou? Pra onde? Com quem? Tentou obter as informações que Elaine queria mas não tinha conseguido.
- Viajei sim. Fui visitar meus pais.
- Que bom! Se entenderam então.
- Isso não vem ao caso agora Tuca. Por favor! Cortou o interrogatório. A viagem foi importante pra colocar minha cabeça em ordem. Não dá mais. Eu não quero continuar me enganando. Esse nosso compromisso não tem futuro. O máximo que posso te dar é a minha sincera amizade, nada mais do que isso.
Tuca fica mudo diante de tanta firmeza, tanta segurança de M. Bom, ele fez a parte dele. Agora Elaine que se virasse.
- Tá certo. Não vou mais te perturbar com esse assunto então. Se é assim que você prefere. Assim será. Amigos então? Disse estendendo a mão para M.
- Amigos. Concordou M apertando a mão de Tuca.
Eles se despedem e M sai do carro para logo em seguida subir. Assim que entra no elevador Tuca saca o celular do bolso e liga pra Elaine.
 - Ai! Não deu certo não. A pirralha não quer voltar. Fiz a minha parte agora é só com você.
Elaine solta os cachorros em Tuca. O acusa de incompetente, corpo mole  e tal. Então bate o martelo.
- Você vai ter que me ajudar, senão já sabe.
- Porra! Já deu cara. Fiz o que podia ser feito. Ela não quer. O que você quer que eu faça? Obrigue ela a voltar pra mim? Tá cheirada, tá?
- Não. Quem é viciado aqui é você. Seguinte, você ainda tem contato com aquele hacker?
- Tenho por que?
- Entra em contato com ele e venham aqui em casa ainda hoje. Sem falta. Senão já viu né!
- Tá, tá. Vou ver se consigo falar com ele. Mas não prometo ir hoje não. Não depende só de mim.
- Se vira! Disse desligando o telefone em seguida.
Tuca bufou, não tava gostando nem um pouco de ficar nas mãos de Elaine. Tinha que tira-la do seu caminho. Nem que fosse de forma truculenta. Olhou para o prédio de M. Seu Calixto estava na portaria, olhando fixamente para o carro de Tuca com uma expressão bem séria. Tuca dá a partida e se vai. Resmungando.
- Babaca!
A noite o telefone de Elaine toca, era Tuca.
- Ó o cara não tá na cidade não. Só chega no sábado, então só domingo eu poderei ir aí com ele.
- Você pensa que sou idiota é Tuca.
- Cara, eu tô falando a verdade. Porra, o que você quer que eu faça? Tudo o que você me pede eu faço, só que nem sempre dá pra fazer do jeito que você quer quanto mais quando você quer.
- Tá mas saiba que tô ligada em você viu. Bobeia comigo e já sabe!
- Eu sei! Eu sei!
O resto da semana corre tranqüilamente afinal uma semana com 3 dias úteis... No sábado M descobre com Rafael que o Victor viajou. Devem ser os shows pensou. Quando chega o domingo a tarde...

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