quinta-feira, 10 de novembro de 2011


Depois do banho, sentamos a mesa e o jantar transcorreu tranqüilamente. Só nós dois. D. Mirtes pediu licença e não jantou conosco. Foi para sua casa mais cedo, pediu para M colocar tudo na cozinha que no outro dia pela manhã ela limparia tudo.
- Acho que ela não acreditou. Disse.
- É também acho. Ela foi pra casa ver se as roseiras estavam mesmo inteiras. Respondeu M rindo.
Terminamos o jantar, recolhemos tudo e decidimos lavar a nossa louça. Imagina, depois do susto que dei na D. Mirtes ainda deixar louça suja pra lavar pela manhã. M me ajudou a guardar tudo, claro no meio a muitas brincadeiras. Terminado o serviço na cozinha vamos para a varanda. A chuva tinha ido embora cedo e o céu começava a dar sinais que iria abrir e mostrar todo seu esplendor. M se senta na rede, toda preguiçosa. Eu sento na cadeira ao lado olhando a negritude da noite se misturar no horizonte.
Ficamos por ali, preguiçosos. Então começo a notar pequenas luzes na mata.
- M você sabe o que é pirilampo?
- É algo de comer? Pergunta rindo.
- Não. Ri também. Vagalume.
- Ah! Aquele bichinho que tem luz na bunda. O que é que tem?
- Você já viu um?
- Só em desenho animado. Porquê? Disse já se levantando da rede. Você tá vendo um?
- Um não, vários. Vem. Levantei e peguei em sua mão levando-a para a entrada da mata.
Ficamos ali em pé na entrada da mata que tinha perto da casa principal. De repente as luzes começam a piscar. M começa a rir.
- Nossa! Parece até que tem gente brincando com isqueiro.
- Tá vendo são vários vagalumes.
M se divertia em ver os vagalumes. Dizia que eram ETs passeando pela mata. 
De repente um acende bem em frente ao seu rosto, fazendo-a pular para trás com o susto.
- Acho melhor irmos. Antes que sejamos abduzidos. Brinca.
Voltamos para a casa, M senta na rede e eu sento de frente para ela, recostando na rede. Ficamos assim um olhando para o outro, calados. Respiro fundo, seu olhar começa a me perturbar. Ela então faz menção de se levantar, mas vem para junto de mim, recostando em meu peito. Abraço-a, e meu coração involuntariamente dispara. Ficamos assim por mais alguns minutos. Sentir a respiração de M tão próxima a mim me perturba profundamente. Fecho os olhos e tento me controlar. Ela se mexe novamente e aproxima seu rosto ainda mais do meu. Sinto sua respiração profunda. Abro meus olhos e vejo que ela olha para mim, fixamente. Então vejo. Vejo o meu reflexo em seus olhos, olho seus lábios, entreabertos como que pedindo um beijo. Me aproximo de seu rosto, ela imóvel e olhando fixamente para mim. Encosto meus lábios nos seus. Então...
Um beijo, no inicio tímido, mas aos poucos vamos nos entregando ao desejo, desejo de estarmos juntos. Beijo-a com desejo ... paixão ... amor. Viro meu corpo e fico por cima dela que me abraça forte enquanto nos beijamos. Um beijo longo, delicioso. Seus braços percorrem minhas costas, acariciando-me. Ajeito meu corpo por cima do seu, encaixando-nos. Começo a ficar excitado e intensifico minhas caricias pelo seu corpo. Parto então para o seu pescoço, seu perfume, suave, me embriaga. Beijo e dou leves mordidas, sua pele macia, cheirosa me deixa louco de desejos. Suas mãos acariciam meus cabelos e pressionam minha nuca de encontro ao seu corpo. Chego a sua orelha, gordinha, adoro orelhas gordinhas. Beijo e dou uma leve mordida em seu lóbulo fazendo com que solte um gemido baixo. Sinto que sua respiração fica descompassada. Olho novamente em seus olhos, uma negritude sem fim, como que se eu fosse me afogar em seu olhar. E mais um beijo, ardente. Deslizo minhas mãos pelo seu corpo, seus seios, não grandes, mas também não são pequenos, no tamanho certo. Chego a sua cintura, marcada, continuo a descer, quadris, puxo sua coxa para cima terminando de encaixar meu corpo ao seu. Volto a subir minha mão então retiro a sua blusa de dentro da calça, invadindo seu colo. M desce sua mão pelo meu peito, acariciando-me. Chega junto a minha mão, retendo-a. Paro de beija-la e olho com desejo para ela.
- Não. Me diz baixo porém firme.
- Não? Pergunto mais para confirmar o que ouvi.
Ela empurra meu corpo para longe do seu. Separando-nos.
- Não Victor, não podemos. Não assim. Não dessa forma.
M me afasta completamente de si. Levanta da rede. Sinto que está transtornada.
- Não podemos.
- Não? Mas... Tento argumentar.
- Boa Noite Victor! Se vira e entra na casa.
Levanto imediatamente da rede e vou atrás dela. Seguro seu braço no meio da sala escura.
- Espera!

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