sábado, 24 de setembro de 2011


- Você nunca mais repita o que fez a pouco entendeu? Disse olhando para mim.
- Você concordou que ela entraria no camarim. Fiz a minha parte. Cumpra com a sua. Retruquei.
- Tá. Mas toma cuidado. Lembre-se daquela de Brasília há um pouco mais de um mês.
- Pode deixar. Pode deixar. Não queria continuar aquele diálogo. Queria mesmo é que tudo aquilo acabasse logo para só dar atenção e carinho para minha loirinha.
Ele sai do camarim e a nossa doce rotina recomeça. Portas que se abrem, sorrisos, fotos, abraços e agradecimentos de ambas as partes. Enquanto isso na frente do palco...
- Aí meninas, eu vou lá então. Não posso perder essa chance.
- Vai sim Carine, aproveita que ele embarcou na sua. Eu vou ficar aqui com o Adriano. Sabe como é, tenho que fazer uma média com o maridão, disse Aline.
- Ai Carine, me leva? Eu juro que não fico de vela não. Só queria uma foto com eles. Depois eu saio e fico aqui com a Aline. Leva vai. Implora Sabrina.
- Vamos ver Sabrina. O segurança me disse pra não sair daqui. Quando ele chegar tento te levar comigo mas se ele reclamar não vou insistir não amiga. Não perco essa chance de ficar com o Galego por nada nesse mundo.
O segurança aparece logo em seguida, com um sorrisinho nos lábios irritante.
- Vamos? Convida.
- Olha só. Estou com uma amiga, e ela não vai ficar sozinha aqui não. Ela entra comigo tudo bem? Tenta argumentar Carine.
Ele fecha a cara e fica em silêncio alguns instantes e lembra das palavras do Victor. “Já falei com o empresário. Você vai lá e busque ela para mim. Ela é especial. Especial entendeu?”
Bom se ele falou com o empresário quem sou eu pra contraria-lo. Se não levo essa moça quem se ferra sou eu. Pensa.
- Tá mas ela faz a foto e sai. Não pode ficar lá não. Tá!
Carine e Sabrina se entreolham felizes. Ambas iriam realizar seus sonhos. Seguiram a orientação do segurança. Alguma espertinhas e invejosas foram junto pra ver se conseguiam algo na aba. Na porta do camarim todas foram barradas. De repente a porta se abre, era o empresário com o segurança. O mesmo aponta para Carine e fala algo no ouvido do empresário. A gritaria para tentar entrar era imensa. O empresário aponta para Carine e fala com o segurança da porta.
- Ela. É ela que vai entrar.
O segurança segura no braço de Carine que imediatamente segura no de Sabrina. Mas o segurança repreende.
- Não. Ela não. Só você. Tenho ordens de deixar só você entrar.
- Se ela não entrar comigo não entro. Bateu o pé Carine.
Tinha alguma coisa de diferente. O segurança da frente do palco tinha parado um pouco para pensar mas deixou ela levar a amiga. Então arriscou novamente.
O segurança que tinha falado com Carine na frente do palco nota que ela não entra. Ela lhe olha e olha para a Sabrina, voltando a olha-lo. Ele cochicha mais alguma coisa no ouvido do empresário. Esse faz cara de poucos amigos. Bufa mas acaba consentindo. Entram as duas. E a porta se fecha. As “papagaios de pirata” ficam a ver navios.
Carine agradece aos dois, o segurança e o empresário, é uma moça educada e tinha insistido para a amiga entrar também. Então era bom manter algum laço com eles, mesmo que por gratidão. O segurança a leva e a amiga para junto da porta do camarim. Nesse momento a porta se abre, algumas fãs estão saindo de lá. Eu olho de relance para o lado de fora e vejo a minha loirinha, ao lado do segurança. Abro um sorriso de felicidade. Ela veio.

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