sábado, 17 de setembro de 2011


Na repartição, tava tudo a maior correria. Perigava o evento no Parque do Sabiá ser cancelado. A chuva do dia anterior comprometeu a área no entorno do estádio e todos estavam mobilizados em resolver tudo a tempo para o evento. M para um instante de falar no telefone com os patrocinadores e se vira para Elaine:
- Almoçamos juntas? Queria te contar um babado fortíssimo.
- Babado? Ah! Com certeza. Disse rindo.
Então voltaram ao trabalho. Na hora do almoço M conversa com sua amiga Elaine:
- Você não advinha o que me aconteceu na hora da tempestade.
- Bom se você não me contar não vou mesmo. Minha bola de cristal tá no conserto. Sabe na tempestade teve muita estática. Disse zombando de M.
- Boba!
- Feia! Retrucou.
Ambas riram. A amizade das duas se firmava cada vez mais com o passar dos dias.
M relatou o acontecido, desde a aparição do Victor no ponto de ônibus até a despedida no elevador. Sem esconder nenhum detalhe. Confiava na sua amiga. Mal sabia ela que essa era uma amiga-da-onça.
No final da reunião soube que o nosso último evento da próxima rotina seria na cidade mesmo. Participaríamos do festival de música da cidade e seriamos homenageados pela prefeitura. O evento aconteceria no Parque do Sabiá. Sai da reunião direto para casa. Tinha que aprontar uma mala bem grande. Nossa! 20 dias fora. Será que agüentaria tanto tempo sem ver M? Suspirei fundo e fui embora arrumar tudo pra viagem. Não vi M o resto do dia e no seguinte sai bem cedo rumo ao aeroporto. Confesso que meu coração estava apertadinho de saudades.
Cheguei ao aeroporto e a rotina voltou a se repetir. Decolagem, pouso, cumprimentos, hotel. Dessa vez fomos para mais longe. Sul do País. Teríamos shows em diversas cidades, muitas delas muito próximas das outras então optamos por usar o ônibus nessas viagens curtas. Primeira parada Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Gosto do Sul. Tradições e culturas impares, fortes e arraigadas. Comida e música de ótima qualidade. E os vinhos então... adoro vinhos. O clima era ameno, nem muito frio, nem muito calor. O show em POA foi incrível, era sempre muito prazeroso tocar no Sul. Fomos para o camarim, visitas, presentes, fotos, abraços e agradecimentos de ambas as partes. Muitas vezes me perguntam o porque agradeço, afinal sou eu que faço o show. Eu não, o público é quem faz o show. Sem eles não existe show. E se a platéia não fica feliz, não se diverte, muito menos se emociona, não existe show. Sou extremamente grato aos que nos assistem, prestigiam nosso trabalho.
Termina nossa rotina, vou para o hotel. Nosso Empresário tá levando ao pé da letra o que decidiu, não tive nenhuma “visita especial” em POA. Ele barrou todas. Só as fãs de costume, fãs-clubes e etc. Você caro leitor, deve estar se perguntando. Mas e a M? Bom, não vi M nos dois dias seguintes a tempestade. Nem notícias dela eu tive. Fiquei muito triste com seu ato de ir sozinha para o seu apartamento então percebi que novamente me deixei levar por um impulso fisiológico e voltei a minha incansável busca. A busca do MEU AMOR.

Nenhum comentário: