sexta-feira, 30 de setembro de 2011


Não foram direto para o hotel. Foram para um estacionamento na entrada da cidade. Ela embarcou no ônibus e Alexandre a orientou para se sentar em uma das poltronas na parte de trás. Junto estava o Godin dele. O ônibus saiu do estacionamento, entrou na cidade, todos paravam para olhar o ônibus. Cidade pequena é assim, tudo que é novidade, todos param para ver. Parou em frente ao hotel. Tinham várias fãs na porta então Carine achou melhor fechar as cortinas das janelas próximas a ela. Não queria e nem podia ser vista ali. Ficou quietinha esperando seu Galego.
Logo o pessoal da produção começou a entrar no ônibus assim que viram ela ali sorriam e a cumprimentavam com a cabeça. A cada sorriso ela se sentia mais incomodada, como um estranho no ninho, mas por ele valia a pena qualquer constrangimento. Entraram os músicos. Cada um ocupando seu lugar, mas estranhamente nenhuma das poltronas perto dela foram ocupadas. De repente vem o empresário, ele a olha e vem em sua direção.
- Tudo bem? Te trataram direitinho?
Era todo solicito, estranhou tanta simpatia mas resolveu ser simpática também, afinal não custava nada. Logo ouviram-se os gritos, eram eles, saíram rapidamente e entraram no ônibus. Quando subiram para o segundo andar do ônibus o Leo olhou para Carine sorriu e acenou discretamente, sentou-se mais no menos no meio do ônibus, em seguida vim eu. Dei uma busca com os olhos procurando meu anjinho loiro. Quando a vi sentadinha, abraçada ao meu violão. Sorri e lhe mandei um beijinho. E disse:
- Espera aí tá! Só um pouquinho.
Ela consentiu com a cabeça. Me sentei uma poltrona atrás do Leo, também junto a janela e acenei para as fãs que estavam do lado de fora. Tinha que manter a discrição. Assim o ônibus começou a se movimentar e logo pegou a estrada. Tínhamos cerca de 5 horas de viagem pela frente. Ótimo. Teria mais tempo para minha loirinha. Quando tudo se acalmou e vi que estávamos no embalo da viagem levantei e fui ao seu encontro. Como combinado, ninguém se sentou perto dela assim poderíamos ficar mais a vontade.
Cheguei perto dela e reparei em seus trajes: blusa azul com os punhos dobrados e uma calça clássica, quando reparo em seus pés vejo que calça uma sandália aberta deixando seus lindos pezinhos a mostra. ADORO! Pés. Sou fascinado por eles. Sorrio e lhe dou um beijo carinhoso. Sento ao seu lado e pego meu violão e guardo no guarda volumes no alto do ônibus. Sou ciumento com minhas coisas, tudo bem que ela é bastante carinhosa e não iria estraga-lo mas mesmo assim...
- De sandalinhas é linda!
- É. Me responde meio sem graça. Meus pés costumam inchar um pouco quando fico muito tempo sentada.
- Tadinha. Vamos fazer o seguinte. Coloca eles aqui ó.
Disse batendo em minhas coxas para que ela colocasse seus pés em meu colo. Ela sorriu e se virou colocando suas pernas sobre as minhas. Retirei delicadamente cada sandália. Beijando delicadamente cada dedinho. Ela soltou um suspiro longo. Eu sorri. Começo a massageá-los. Ficamos ali naquele carinho gostoso e começamos a conversar. A noite anterior não tivemos essa chance diante da urgência de nossos desejos. Seu papo era gostoso, seu humor, incomparável e se mostrou uma mulher independente e segura de si. Tinha escolhido a mulher certa para mim. Não me cobrava nada, não me pedia nada até por que o que ela quisesse ela vinha e pegava sem pedir licença. Discreta, divertida, carinhosa e com um ótimo humor. Ou seja, PERFEITA!
Logo o ônibus começa a diminuir sua velocidade. Eu penso. Nossa! Já chegamos? Ela olha pela janela sem entender, faltava muito pra chegarmos ao nosso destino. Tava na hora do almoço então paramos na estrada para a nossa refeição, em um restaurante de beira de estrada.
Descemos todos e como estávamos longe de olhares dos curiosos saímos de mãos dadas. Entramos no restaurante, tava vazio, melhor assim podíamos comer sem sermos interrompidos. Compreendo a fãs, muitas não sabem quando terão outra oportunidade de nos encontrar assim tão de perto mas admito. Nas horas das refeições... é chato pacas! Nos servimos e sentamos todos em duas mesas grandes num canto do restaurante. Carine logo se tornou o centro das atenções. O meu empresário se sentou ao seu lado e ela se mostrou além de tudo muito engraçada, todos riam de seus comentários. Então ela resolve contar piadas, uma mais terrível que a outra, ninguém se agüentava de tanto rir.
Foi guando Carine se vira para o meu empresário e pergunta:
- Você conhece a piada das formigas japonesas? 
Ele já com um sorriso nos lábios disse:
- Não. Pensei que as formigas fossem só brasileiras.
- Então... existiam duas formiguinhas japonesas. Disse puxando os olhos com os dedos, imitando um japonês. Todos riam. Aí uma chegou perto da outra e perguntou: “qual o seu nome? E a outra respondeu: FU. Fu? É FUrmiga, e o seu? OTA. OTA? É OTAfurmiga.”
Não tinha como não rir. Ela era impagável. Foi o centro das atenções o almoço inteiro.

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