Não foram direto para o hotel. Foram para um estacionamento
na entrada da cidade. Ela embarcou no ônibus e Alexandre a orientou para se
sentar em uma das poltronas na parte de trás. Junto estava o Godin dele. O
ônibus saiu do estacionamento, entrou na cidade, todos paravam para olhar o
ônibus. Cidade pequena é assim, tudo que é novidade, todos param para ver.
Parou em frente ao hotel. Tinham várias fãs na porta então Carine achou melhor
fechar as cortinas das janelas próximas a ela. Não queria e nem podia ser vista
ali. Ficou quietinha esperando seu Galego.
Logo o pessoal da produção começou a entrar no ônibus assim
que viram ela ali sorriam e a cumprimentavam com a cabeça. A cada sorriso ela
se sentia mais incomodada, como um estranho no ninho, mas por ele valia a pena
qualquer constrangimento. Entraram os músicos. Cada um ocupando seu lugar, mas
estranhamente nenhuma das poltronas perto dela foram ocupadas. De repente vem o empresário, ele a olha e vem em sua direção.
- Tudo bem? Te trataram direitinho?
Era todo solicito, estranhou tanta simpatia mas resolveu ser
simpática também, afinal não custava nada. Logo ouviram-se os gritos, eram
eles, saíram rapidamente e entraram no ônibus. Quando subiram para o segundo
andar do ônibus o Leo olhou para Carine sorriu e acenou discretamente,
sentou-se mais no menos no meio do ônibus, em seguida vim eu. Dei uma busca com
os olhos procurando meu anjinho loiro. Quando a vi sentadinha, abraçada ao meu
violão. Sorri e lhe mandei um beijinho. E disse:
- Espera aí tá! Só um pouquinho.
Ela consentiu com a cabeça. Me sentei uma poltrona atrás do
Leo, também junto a janela e acenei para as fãs que estavam do lado de fora.
Tinha que manter a discrição. Assim o ônibus começou a se movimentar e logo
pegou a estrada. Tínhamos cerca de 5 horas de viagem pela frente. Ótimo. Teria
mais tempo para minha loirinha. Quando tudo se acalmou e vi que estávamos no
embalo da viagem levantei e fui ao seu encontro. Como combinado, ninguém se
sentou perto dela assim poderíamos ficar mais a vontade.
Cheguei perto dela e reparei em seus trajes: blusa azul com
os punhos dobrados e uma calça clássica, quando reparo em seus pés vejo que
calça uma sandália aberta deixando seus lindos pezinhos a mostra. ADORO! Pés.
Sou fascinado por eles. Sorrio e lhe dou um beijo carinhoso. Sento ao seu lado
e pego meu violão e guardo no guarda volumes no alto do ônibus. Sou ciumento
com minhas coisas, tudo bem que ela é bastante carinhosa e não iria estraga-lo mas
mesmo assim...
- De sandalinhas é linda!
- É. Me responde meio sem graça. Meus pés costumam inchar um
pouco quando fico muito tempo sentada.
- Tadinha. Vamos fazer o seguinte. Coloca eles aqui ó.
Disse batendo em minhas coxas para que ela colocasse seus
pés em meu colo. Ela sorriu e se virou colocando suas pernas sobre as minhas.
Retirei delicadamente cada sandália. Beijando delicadamente cada dedinho. Ela
soltou um suspiro longo. Eu sorri. Começo a massageá-los. Ficamos ali naquele
carinho gostoso e começamos a conversar. A noite anterior não tivemos essa
chance diante da urgência de nossos desejos. Seu papo era gostoso, seu humor,
incomparável e se mostrou uma mulher independente e segura de si. Tinha
escolhido a mulher certa para mim. Não me cobrava nada, não me pedia nada até
por que o que ela quisesse ela vinha e pegava sem pedir licença. Discreta,
divertida, carinhosa e com um ótimo humor. Ou seja, PERFEITA!
Logo o ônibus começa a diminuir sua velocidade. Eu penso.
Nossa! Já chegamos? Ela olha pela janela sem entender, faltava muito pra
chegarmos ao nosso destino. Tava na hora do almoço então paramos na estrada
para a nossa refeição, em um restaurante de beira de estrada.
Descemos todos e como estávamos longe de olhares dos
curiosos saímos de mãos dadas. Entramos no restaurante, tava vazio, melhor
assim podíamos comer sem sermos interrompidos. Compreendo a fãs, muitas não
sabem quando terão outra oportunidade de nos encontrar assim tão de perto mas
admito. Nas horas das refeições... é chato pacas! Nos servimos e sentamos todos
em duas mesas grandes num canto do restaurante. Carine logo se tornou o centro
das atenções. O meu empresário se sentou ao seu lado e ela se mostrou além de
tudo muito engraçada, todos riam de seus comentários. Então ela resolve contar
piadas, uma mais terrível que a outra, ninguém se agüentava de tanto rir.
Foi guando Carine se vira para o meu empresário e pergunta:
- Você conhece a piada das formigas
japonesas?
Ele já com um
sorriso nos lábios disse:
- Não. Pensei que as formigas fossem só brasileiras.
- Então... existiam duas formiguinhas japonesas. Disse
puxando os olhos com os dedos, imitando um japonês. Todos riam. Aí uma chegou
perto da outra e perguntou: “qual o seu nome? E a outra respondeu: FU. Fu? É
FUrmiga, e o seu? OTA. OTA? É OTAfurmiga.”
Não tinha como não rir. Ela era impagável. Foi o
centro das atenções o almoço inteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário