sexta-feira, 30 de setembro de 2011


Terminada nossa rotina estava livre para cair nos braços do meu anjinho loiro. Saio do camarim e ela estava ali toda sorridente. Pego em sua mão e vamos por outro corredor, nosso carro com vidros escuros nos esperava com o motor ligado. Entramos e vamos direito para o hotel. Ainda no carro começo a agarra-la. Tenho urgência. Sinto seu perfume adocicado.
- Hum! Que perfume delicioso.
- Gostou? Coloquei ele só pra você.
- Nossa! Dá vontade de morder. E lhe dou uma mordidinha no pescoço.
Chegamos ao hotel e entramos direito pela garagem. Carine, já tinha entendido o esquema então colaborou sendo bastante discreta. Fomos direto para o meu quarto entramos e assim que fechei a porta ela veio para cima de mim. Me prensou contra a porta e me beijou loucamente. Correspondi ao beijo apertando-a contra o meu corpo. Começamos a nos despir. A urgência de nossos corpos não nos permitiam palavras. Aliás, elas não eram necessárias nesse momento. Quando retirei sua blusa e vi sua lingerie preta com detalhes em vermelho enlouqueci.
- Nossa! Assim você me mata. Uma mais linda do que a outra.
Ela puxa meus cabelos levando meus lábios de encontro ao seu colo. Beijo-a até perder o fôlego. Arrancamos nossas roupas. O desejo nos consumia. Nos amamos ardentemente a noite inteira. Quando já estava amanhecendo e nossos corpos extenuados de tanto amor. Nos abraçamos e então lhe disse:
- É. O que é bom sempre dura pouco.
- Concordo. Mas... podemos repetir. Quando você quiser.
Viro de lado e sorrio para ela. Olho para a janela e vejo que o dia já está claro.
- Banho?
Ela sorri e concorda com a cabeça. Levanta me puxando pelo braço.
- Só se for agora.
Fomos em direção ao banheiro entre beijos e amassos. Novamente nos amamos, o fato de sabermos que em breve nos separaríamos deixava-nos com mais ânsia de nos entregarmos a momentos como aqueles. Terminamos nosso banho de forma bastante carinhosa. Agora que estava saciado fisicamente queria lhe encher de carinhos. Novamente pedi o café no quarto. Para dois. Logo alguém da produção bateria na porta me chamando para ir embora. Ela se arruma. Tomamos nosso café entre muitos gestos carinhosos e brincadeiras. Estávamos felizes.
Suspiro e ela percebe minha tristeza.
- O que houve meu lindo?
- Tá acabando.
- É verdade. Mas sabíamos que iria ser assim. Diz isso afagando meus cabelos.
- Mas eu quero mais. Muito mais.
- Bom. Quando você quiser me procura. Vou estar aqui. Linda, cheirosa e sorridente para você.
Sorrio. É sempre bom ouvir essas promessas mesmo que saibamos que elas nem sempre se cumprem.
- Tive que rodar o Brasil todo pra encontrar alguém assim, tão pra cima e com uma energia tão boa como você. E agora...
Ela me cala com um beijo.
Terminamos nosso café. Ela me olha e diz. Tenho que arrumar minhas coisas, fechar a conta, essas burocracias.
- Não se preocupe com a conta. Eu pago.
- Eu tenho como pagar Victor... Então é a minha vez de cala-la com um beijo, ardente.
- Você já me pagou. Com muito carinho e amor.
Nos despedimos tristemente. Meu coração estava sangrando. Pensei que seria para sempre. Mas o sempre só durou dois dias. Ela sai do meu quarto e quando fecho a porta sinto um aperto forte em meu peito. Viro, respiro fundo e começo a arrumar minhas coisas. É, a rotina nem sempre é doce.
Saio do hotel mas ainda no hall a vejo conversando com o meu empresário. Eles se despedem. Fico ali olhando-a de longe. Como queria estar em seus braços. vou para o ônibus. E da janela com o ônibus já em movimento. Mando –lhe um beijo e aceno tristemente. Acabou. Agora é seguir meu caminho. Minha busca. Minha eterna busca.

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