sexta-feira, 30 de setembro de 2011


Logo conquistou definitivamente meu empresário. Fiquei aliviado assim ele relaxava um pouco e parava de pegar no meu pé. Reconheço que fiquei um pouco enciumado mas era bom ver que se dava com todos presentes.
 Terminamos o almoço. Ela se encaminhou para pagar sua fatura no caixa. Rapidamente tirei a comanda de suas mãos. Ela se vira para mim e diz meio que contrariada.
- Ei! Eu posso pagar tá!
- E quem disse que eu não vou te cobrar? Puxei ela para perto de mim e sussurrei em seu ouvido. Só que não será em dinheiro não. Mordi levemente sua orelha deixando-a toda arrepiada.
Voltamos ao ônibus, o clima era dos mais agradáveis. Carine conquistara a todos com seu bom humor e sua presença de espirito. Algumas pessoas brincaram com ela mas ela não se deixou ficar por baixo. Tinha resposta para tudo. Sem agredir ninguém mostrou que sabia perfeitamente bem se defender sozinha. Voltamos aos nossos lugares e logo o ônibus retornou a estrada, continuamos nossa rotina. Hoje bem mais leve e descontraída.
Chegamos ao hotel Alexandre vem até nós e lhe estende a mão. Ela me olha desolada.
- Desculpa meu anjo, mas é melhor assim. Respondo com um aperto no coração. Pelo menos por enquanto.
Ela sorri meio triste. Beija a minha face e se levanta saindo do ônibus junto com o Alexandre.
Depois que todos saem é a minha vez e a do Leo. Respiro fundo e vamos a nossa rotina. Estou de alma leve e coração tranqüilo. Minha loirinha consegui me acalmar. Somos recebidos por diversas fãs. Fotos, presentes, abraços. Todo carinho é sempre muito bem vindo. Massageia a alma. Carine é encaminhada para um quarto, ao lado do meu. Sabe que tenho compromissos então só nos veremos logo mais, a noite, depois do show. Ela entra em seu quarto e suspira fundo. Resolve dormir um pouco, a noite anterior não pregou o olho nem um instante e estava disposta a repetir a dose nesse.
O dia passa rápido, digo a tarde, pois chegamos ao hotel em Santo Ângelo por volta das 15 hrs. Logo a noite cai. Volto ao hotel depois de diversas entrevistas para imprensa local. Paro na porta do seu quarto mas fico reticente de bater. Decido que é melhor deixa-la quietinha. Além disso, tava cansado da noite anterior e sabia que teria outra tão movimentada pela frente. Resolvo descansar um pouco. Precisava repor as energias para o show de logo mais. No lado de dentro, nossa homenageada dormia profundamente.
Mais tarde ela acorda, toma um belo banho e passa seu perfume favorito. Arruma-se toda, Alexandre tinha a instruído. Na hora do show alguém da produção viria busca-la. Ela já estava com a pulserinha de produção. Vestiu-se elegantemente. Calça legging com um camisão branco longo e scarpin preto. Tinha escolhido a dedo sua lingerie. Preta com fru frus vermelhos. Queria mata-lo de uma só vez. Na hora combinada batem em sua porta. Um dos produtores lhe sorri e a convida:
- Vamos?
- Vamos sim. E o Victor? Pergunta ansiosa.
- Tá se preparando. Pediu pra você espera-lo depois do show. Agora vocês não podem ser vistos juntos.
Ela concorda e sai do hotel com o produtor. Vai de carro para o local do show. Lá é direcionada para a área vip. Mas com acesso a frente do palco. Tudo sob as minhas orientações. Queria ela perto das minhas vistas. Enquanto isso, começo meus preparativos para o show. Cuidados com minha aparência, barba, cabelo, e etc. Alongamento, aquecimento de voz e tudo mais que a nossa rotina exigia.
A rotina, essa doce companheira foi perfeita, nada deu errado. Muita alegria, muita emoção. Casa cheia, quando as luzes da frente do palco se acendem, não fico mais ansioso na minha
eterna busca sei que ela está lá, me assistindo, curtindo esse momento mágico comigo. Olho e ela está lá, quietinha na frente do palco, sentadinha junto a grade. Sorrio e ela me sorri de volta. Fico tranqüilo, aquela minha ansiedade a muito não me perturba mais. Continuo o show em certos momentos flerto com ela, sorrio e faço gracinhas para as fãs, às vezes ela fecha a cara. Mando-lhe um beijinho e ela volta a sorrir para mim. Sabe que sou só seu. Terminamos o show. Só uma palavra o define. Perfeito
As cortinas se fecham. A magia acabou. Volto para o camarim mas sinto algo diferente em mim. Não tenho aquela angustia de antes. Acho que ME APAIXONEI. Estou feliz, de alma e coração leves. Sei que ela está ali, a me esperar. Seguimos com a nossa rotina. Sinto urgência em terminar tudo. Só para ir ao seu encontro. Me aconchegar em seus braços. AMÁ-LA. Então começa o entra e sai do camarim. Beijinhos, abraços, fotos, agradecimentos de ambas as partes, mais beijinhos. Um entra e sai sem fim. Começo a ficar irritado. Nossa! Isso não acaba nunca? Quando de repente entra o meu empresário. Sozinho. Eu pergunto:
- Acabou?
Ele me sorri e diz:
- Não. Falta eu, MEU AMOR! E se direciona para mim, fazendo biquinho e querendo me abraçar. Todos começamos a rir e o Leo não perdoa. Vou deixa-los a sós. Não quero atrapalhar o romance. Empurro ele.
- Sai pra lá Jaburu!

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