Assim que entra no hotel o agente federal se
identifica para o dono do local que se assusta com a sua presença. Normalmente
o local é freqüentado por casais, prostitutas e seus clientes, ele pergunta
sobre Tuca e M, o dono confirma a presença deles mas não quer confusão no seu
“estabelecimento”. O agente então intervem de forma mais firme e convence o
homem a levá-lo até o quarto em que estão. Ele concorda muito a contra gosto. O
agente lhe passa então instruções de como proceder. Ele irá bater na porta do
quarto, dizer que tem uma ligação pra Tuca na recepção. Sair da linha de tiro
assim que Tuca aparecer na porta. Eles chegam ao 9º andar, se encaminham pelo
corredor e param em frente ao quarto onde estão Tuca e M. Tuca ouve os passos e
fica em alerta, silenciosamente ele pega a sua arma que estava ao seu lado no
chão e engatilha. M levanta assustada e Tuca só faz sinal de silêncio com a
mão. Ele se levanta bem devagar. Batem na porta.
- Quem é? Pergunta Tuca já a postos e colocando M num canto
do quarto, longe de qualquer possibilidade de se ferir.
- Sou eu! Responde o homem, sob o olhar do agente que também
já estava com a arma em punhos.
- O que você quer? Tá tarde, tamos dormindo! Despistou Tuca,
já indo para a janela e vendo os carros da policia federal e do exercito no
lado de fora do prédio.
- Telefone para o senhor! Responde apreensivo o homem que
começava a suar em bicas.
Tuca fica nervoso, não disse a ninguém onde estava
hospedado. Tinha conversado com um comparsa boliviano, o mesmo que sempre lhe
ajudava em casos de “carregamento extra”. Eles tinham por hábito não dizer onde
estavam nem como serem encontrados, tinham todo um esquema para não serem
descobertos. Tuca se aproximou de M e sussurrou:
- Eu vou abrir, tem policial aí que eu sei. Vai ter tiros.
Você fica aqui. Não sai daqui entendeu? Disse levando-a para o banheiro e
encostando a porta. Quietinha!
M entrou em pânico, tremia toda e assim que Tuca fechou a
porta do banheiro, correu e se escondeu atrás do box, tentando se proteger.
Assim que fechou a porta do banheiro, colocando M em
segurança Tuca voltou para a porta e olhou no olho mágico. Respondendo:
- Já tô indo. Obrigado! E ficou vigiando. O homem então se
denunciou, Tuca viu através do olho mágico que ele falava com alguém pois
reparou que ele gesticulava e olhava para o lado direito do corredor. Tuca
respirou fundo. Destrancou a porta lentamente e a abriu devagar. Assim que
abriu a porta. Num pulo se virou para o lado direito do corredor e deu 3 tiros
acertando o agente em cheio, matando-o. olhou para o dono do hotel e não pensou
duas vezes. Mais 3 tiros todos na cabeça e no peito. M ao ouvir o barulho de
tiros se encolheu mais ainda. Tuca vem então rapidamente, abre a porta do
banheiro, puxa M pelo braço e a arrasta prédio acima. Quando tinha saído logo
que chegou Tuca percebeu que poderia fugir pelo telhado do prédio e pra lá se
encaminhou.
Assim que ouvimos tiros entrei em pânico tentei ir em
direção ao hotel mas me seguraram. Imediatamente os homens que estavam no lado
de fora invadiram o hotel, logo mais tiros foram ouvidos. Me desesperei e
gritei por M. Tuca rapidamente alcançou o telhado, arrastando M com ele. Eles
pegaram uma escada de incêndio e saíram em outro prédio, abandonado. Tuca
corria feito um alucinado, M estranhara sua energia mas logo pensou. Cocaína.
Ele deve tá drogado. Passaram por outras duas saídas de emergência. Todos os
prédios eram abandonados. Tuca sabia perfeitamente o que estava fazendo,
conhecia muito bem sua rota de fuga, pois já a tinha traçado. M tentava
acompanha-lo e muitas vezes caiu, machucando seus joelhos.
Depois de uma corrida alucinante alcançaram uma rua
próxima ao hotel em que estavam hospedados. Era uma rua muito movimentada, Tuca
com a arma em punho foi para o meio do transito com M, parou um carro ameaçando
o motorista que foi arrancado do veículo por Tuca que entrou em seguida com M
ao seu lado, arrancando no meio daquele caos. Logo a policia e o exercito os
alcançaram. Foi uma perseguição digna de um filme de ação americano. Mas era a
realidade acontecendo. E M e Eu éramos personagens dessa estória alucinante.
Tuca consegue mais uma vez despistar a policia. Entra em outras ruas, saem do
carro, abandonando-o e pegam outro, da mesma forma. Chegam perto do Rio
Paraguai e Tuca mais uma vez abandona o carro, só que dessa vez, na estrada
paralela ao rio e arrasta M para o meio da mata, sempre correndo, sempre
insano.
Um comentário:
Ai Mo, tá ficando muito emocionante.. mais, mais, quero mais estória!! ;)
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