segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Assim que entra no hotel o agente federal se identifica para o dono do local que se assusta com a sua presença. Normalmente o local é freqüentado por casais, prostitutas e seus clientes, ele pergunta sobre Tuca e M, o dono confirma a presença deles mas não quer confusão no seu “estabelecimento”. O agente então intervem de forma mais firme e convence o homem a levá-lo até o quarto em que estão. Ele concorda muito a contra gosto. O agente lhe passa então instruções de como proceder. Ele irá bater na porta do quarto, dizer que tem uma ligação pra Tuca na recepção. Sair da linha de tiro assim que Tuca aparecer na porta. Eles chegam ao 9º andar, se encaminham pelo corredor e param em frente ao quarto onde estão Tuca e M. Tuca ouve os passos e fica em alerta, silenciosamente ele pega a sua arma que estava ao seu lado no chão e engatilha. M levanta assustada e Tuca só faz sinal de silêncio com a mão. Ele se levanta bem devagar. Batem na porta.
- Quem é? Pergunta Tuca já a postos e colocando M num canto do quarto, longe de qualquer possibilidade de se ferir.
- Sou eu! Responde o homem, sob o olhar do agente que também já estava com a arma em punhos.
- O que você quer? Tá tarde, tamos dormindo! Despistou Tuca, já indo para a janela e vendo os carros da policia federal e do exercito no lado de fora do prédio.
- Telefone para o senhor! Responde apreensivo o homem que começava a suar em bicas.
Tuca fica nervoso, não disse a ninguém onde estava hospedado. Tinha conversado com um comparsa boliviano, o mesmo que sempre lhe ajudava em casos de “carregamento extra”. Eles tinham por hábito não dizer onde estavam nem como serem encontrados, tinham todo um esquema para não serem descobertos. Tuca se aproximou de M e sussurrou:
- Eu vou abrir, tem policial aí que eu sei. Vai ter tiros. Você fica aqui. Não sai daqui entendeu? Disse levando-a para o banheiro e encostando a porta. Quietinha!
M entrou em pânico, tremia toda e assim que Tuca fechou a porta do banheiro, correu e se escondeu atrás do box, tentando se proteger.
Assim que fechou a porta do banheiro, colocando M em segurança Tuca voltou para a porta e olhou no olho mágico. Respondendo:
- Já tô indo. Obrigado! E ficou vigiando. O homem então se denunciou, Tuca viu através do olho mágico que ele falava com alguém pois reparou que ele gesticulava e olhava para o lado direito do corredor. Tuca respirou fundo. Destrancou a porta lentamente e a abriu devagar. Assim que abriu a porta. Num pulo se virou para o lado direito do corredor e deu 3 tiros acertando o agente em cheio, matando-o. olhou para o dono do hotel e não pensou duas vezes. Mais 3 tiros todos na cabeça e no peito. M ao ouvir o barulho de tiros se encolheu mais ainda. Tuca vem então rapidamente, abre a porta do banheiro, puxa M pelo braço e a arrasta prédio acima. Quando tinha saído logo que chegou Tuca percebeu que poderia fugir pelo telhado do prédio e pra lá se encaminhou.
Assim que ouvimos tiros entrei em pânico tentei ir em direção ao hotel mas me seguraram. Imediatamente os homens que estavam no lado de fora invadiram o hotel, logo mais tiros foram ouvidos. Me desesperei e gritei por M. Tuca rapidamente alcançou o telhado, arrastando M com ele. Eles pegaram uma escada de incêndio e saíram em outro prédio, abandonado. Tuca corria feito um alucinado, M estranhara sua energia mas logo pensou. Cocaína. Ele deve tá drogado. Passaram por outras duas saídas de emergência. Todos os prédios eram abandonados. Tuca sabia perfeitamente o que estava fazendo, conhecia muito bem sua rota de fuga, pois já a tinha traçado. M tentava acompanha-lo e muitas vezes caiu, machucando seus joelhos.
Depois de uma corrida alucinante alcançaram uma rua próxima ao hotel em que estavam hospedados. Era uma rua muito movimentada, Tuca com a arma em punho foi para o meio do transito com M, parou um carro ameaçando o motorista que foi arrancado do veículo por Tuca que entrou em seguida com M ao seu lado, arrancando no meio daquele caos. Logo a policia e o exercito os alcançaram. Foi uma perseguição digna de um filme de ação americano. Mas era a realidade acontecendo. E M e Eu éramos personagens dessa estória alucinante. Tuca consegue mais uma vez despistar a policia. Entra em outras ruas, saem do carro, abandonando-o e pegam outro, da mesma forma. Chegam perto do Rio Paraguai e Tuca mais uma vez abandona o carro, só que dessa vez, na estrada paralela ao rio e arrasta M para o meio da mata, sempre correndo, sempre insano.

Um comentário:

Rubia disse...

Ai Mo, tá ficando muito emocionante.. mais, mais, quero mais estória!! ;)