Eu
concordei e ele se foi. O Leo me larga ali na calçada sozinha e vai embora
bastante irritado, e ainda tinha que cantar daqui a pouco, tomou o rumo do bar
em que faria sua apresentação bastante chateado pois estava realmente gostando
da Analu. Já fazia planos para um futuro ao lado dela.
Numa outra
esquina, pouco iluminada, alguém observava essa discussão. Ele ouviu toda a
conversa e só balançava a cabeça negativamente. Depois que o Leo se foi ele deu
meia vota e seguiu o seu caminho.
Quando
chegou ao bar o Leo continuava bastante irritado com o ocorrido. Foi arrumando
as coisas enquanto o Victor não chegava logo ele chegou e se juntou ao Leo
arrumando as coisas um tanto calado também.
LEO: Oi
cara! E aí, como foi o seu domingo?
VICTOR: Foi
bom, como eu esperava.
LEO: Humm.
Sorte a sua então.
VICTOR:
Sorte? Por que?
LEO: Por
que o meu domingo não foi tão bom quanto eu queria.
VICTOR: O
que aconteceu?
LEO: Cara
... você não vai acreditar. Descobri que tô sendo feito de otário.
VICTOR:
Otário? Peraí Leo, explica isso direito. Você disse que iria passar o domingo
todo com a sua namorada, o que aconteceu? Brigaram?
LEO: Pior.
VICTOR:
Fala logo cara!
LEO:
Descobri que ela tá me traindo.
VICTOR: O
quê?!
LEO: É isso
mesmo que você ouviu. Eu ontem sai daqui e resolvi fazer uma surpresa pra ela.
Fui no trabalho dela e o dono do local disse que ela tinha acabado de sair com
o namorado. E que não era a primeira vez que o cara aparecia por lá.
VICTOR: Que
é isso!
LEO: Ela
sumiu o dia todo. Tentei ligar pra ela mas ninguém atendeu. Mas também não
deixei por menos não, fui pra porta do bar onde ela trabalha e fiquei esperando
ela aparecer hoje.
VICTOR: E
aí?
LEO: Aí que
falei tudo que estava engasgado aqui. Terminei tudo. Não tô nesse mundo pra ser
feito de idiota.
VICTOR: E
ela?
LEO:
Chorou, disse que não era nada daquilo, tentou se explicar e tal...
VICTOR: E
você?
LEO:
(suspiro) Eu gosto dela ... de verdade ... quero ouvir qual será a desculpa
dessa vez.
VICTOR: Ué!
Teve outra então?
LEO: Não te
contei?
VICTOR:
Não.
LEO: Teve
uma noite que fui busca-la no trabalho e ela já havia saído, liguei pra casa
dela e a amiga dela atendeu mas ela não tinha chegado em casa ainda. Achei
estranho. Ela só me ligou pela manhã, disse que uma amiga tava mal e tal e foi
pra casa dessa amiga pra conversar.
VICTOR: E
você acreditou né.
LEO: Claro!
Poxa eu não podia imaginar que ela tava me enganando.
VICTOR:
Leo, olha só! Você é um cara muito bom, especial mesmo. E sei bem que esse
coração aí é maior do que você. Faz assim... vá desarmado. Eu sei que você tá
chateado com isso tudo mas tudo isso pode ser um grande mal entendido. Vai ver
ela realmente tem um namorado, que talvez ... sei lá ... esteja tentando
terminar com o cara. E essa tal amiga, realmente possa existir. Sei lá, dá uma
chance a ela de se explicar e você aproveita e coloca tudo às claras entre
vocês. Não conheço essa garota mas acho muito estranho esse seu namoro. Nunca
vi vocês juntos, quando vocês saem é sempre só vocês nunca com um grupo de
amigos...
LEO: Vitor,
nós estamos juntos a muito pouco tempo pra sair em grupo. Eu quero ... queria
conhece-la melhor, curtir sabe.
VICTOR: Sei
... sei. Eu é que dei sorte. Fui na dica da Bruna e agora tô com uma garota
muito legal. Vamos ver no que vai dar isso.
LEO: A
Bruna!?
VICTOR: É.
Ela pediu pra dar uma carona pra uma amiga dela, numa reunião que teve na casa
do Rogério, lembra, você não quis ir ...
LEO: Me
misturar com os amigos da Bruna? Nem pensar!
VICTOR: Bom
... nós nos conhecemos e agora tá
rolando vamos ver no que vai dar.
LEO: Sorte
sua, mas fica de olho bem aberto viu! Eu não confio na Bruna você sabe muito
bem.
VICTOR:
Sim, eu sei que ela é afim de você mas que você nunca quis nada com ela. Mas
não tem nada a ver uma estória com a outra.
LEO: Bom,
eu terminei aqui. Tá tudo pronto?
VICTOR: Tá.
LEO: Então
vamos cantar que é melhor.
VICTOR:
Vamos sim. Você vai se encontrar com a sua namorada depois do show?
LEO: Não
sei se posso ainda chamá-la de namorada. Mas vou sim, combinei de passar no
trabalho dela assim que terminar aqui.
VICTOR: Tá
certo. Eu tô morto, feliz mas morto. Daqui vou direito pra casa, dormir.
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