quarta-feira, 18 de janeiro de 2012


A semana se passou mas infelizmente não consegui ver o Leo novamente, já era manhã de sexta feira quando o telefone toca, era o Victor.
VICTOR: Analu? É o Victor.
ANALU: Ah! ... Oi Victor! Tudo bem?
VICTOR: Tudo. E então. Está de pé nosso encontro?
ANALU: Ahm ... tá, tá sim.
VICTOR: Você ficou meio reticente, não quer sair comigo?
ANALU: Não, não é isso. É ... bom eu não pensei que você fosse me ligar.
VICTOR: Se você não quiser tudo bem. Eu entendo.
ANALU: Não! Vamos sim. Quando?
VICTOR: Bom. Eu vou tocar logo mais a noite. Você não quer ir?
ANALU: Não dá. Eu trabalho a noite esqueceu?
VICTOR: Ah! É verdade. Tinha esquecido. Mas que horas você sai? Eu posso passar lá e te buscar.
ANALU: Mas é tarde Victor.
VICTOR: Poxa Analu, se você não quer me ver fala logo, fica mais fácil.
ANALU: Credo Victor! Você acha que eu gosto de ficar enrolando alguém? Se eu realmente não quisesse sair com você eu te daria meu telefone?
VICTOR: Desculpa. Eu tenho certeza que você não é assim. Desculpa mesmo, não devia ter falado isso.
ANALU: Ó! Eu saio do trabalho por volta das 2 da manhã. Não fica tarde pra você?
VICTOR: Não! Eu paro de tocar por volta de 1 então mesmo que eu tenha que cantar mais um pouco dá tempo.
ANALU: Então ficamos combinados assim. Quando você terminar seu show você vai para o meu local de trabalho pra me buscar, assim saímos de lá e conversamos um pouco. Pode ser?
VICTOR: Combinadíssimo então. Analu?
ANALU: Oi!
VICTOR: Não consigo esquecer o nosso beijo.
Eu ri.
ANALU: Até mais tarde então?
VICTOR: Até!
Estranhei um pouco a atitude do Victor em achar que eu não queria nada com ele. Pra falar a verdade eu não sabia se queria ou não. Mas tava disposta a tentar. Você deve tá se perguntando novamente: Caramba! Essa mulher se diz apaixonada por um mas sai com outro. Acontece que ... bom não sei explicar direito, só sei que quando o Victor me ligou fiquei realmente surpresa e imediatamente o gosto do nosso primeiro beijo me veio a mente e acabei aceitando sair com ele meio que automaticamente. Não pensei nem um instante no Leo. Naquele momento meu coração ... meu corpo, pedia o Victor.
Assim que desliguei o telefone fiquei pensando no que eu estava fazendo. Não era justo, sair com os dois, não era o correto, então decidi: Iria contar ao Victor sobre o Leo, e vice-versa e ver no que iria dar. Poderia ficar sem nenhum, mas não foi o que aconteceu ... mas isso eu conto mais pra frente.
O dia passou na maior tranqüilidade. Dei um jeito na casa pela manhã e de tarde fui pra faculdade, a noite no bar passou correndo pois sexta é o dia de maior movimento quando me dei conta vi o carro do Victor encostando em frente ao bar. Olhei meu relógio e já passava de 1:30. Ele desceu do carro sorrindo para mim. Fui até ele e lhe dei um beijo no rosto.
ANALU: Oi! Tô terminando aqui. Daqui a pouco eu saio. Quer entrar um pouco?
Ele ficou sério.
VICTOR: Não! Não quero te atrapalhar. Fico aqui te esperando então.
Disse já se encostando no carro e cruzando os braços.
ANALU: Tá tudo bem?
VICTOR: Num sei, me diz você.
Fiquei sem entender mas tive que voltar ao bar pois estavam me chamando em uma das mesas.
VICTOR: Vá lá! Tão te chamando.
ANALU: É! Tenho que ir. Não demoro tá.
Fui dar um outro beijo nele mas ele desviou o rosto. Achei estranha a sua atitude, fiquei pensado: O que poderia ter acontecido? Fui atender a mesa e quando entreguei o pedido pra cozinha é que entendi. Ele ficou um pouco bolado com o beijo no rosto. Só podia ser. Ri sozinha. Tadinho, mas beija-lo na boca assim, no meu local de trabalho e principalmente no horário de expediente não dava. O Sr. João poderia ver e me chamar à atenção o que me deixaria bastante sem graça. Logo deu a minha hora então fui me ajeitar e me despedi de todos. Sai do bar e assim que me viu o Victor conferiu as horas no seu relógio.
ANALU: Demorei?
VICTOR: Não! No horário que você tinha me dito mesmo.
Aí foi a minha vez de recompensa-lo. Segurei seu rosto e lhe dei um beijo carinhoso nos lábios. Foi o suficiente para sumir aquela expressão carrancuda e surgir o mais sensual dos sorrisos. A birra dele foi o beijo mesmo.
ANALU: Vamos?
Ele me sorri e concorda com a cabeça, virando-se e abrindo a porta do carona para mim. Faço um afago em seu rosto e entro, enquanto ele depois de fechar a porta dá a volta e entra também.
VICTOR: Cansada?
ANALU: Um pouco por que?
VICTOR: Tava pensando em te levar a um lugar especial. Para podermos conversar um pouco. Tudo bem?
ANALU: Claro!
Tinha que dar uma chance a ele, conhece-lo melhor e ainda tinha o lance do Leo. Queria contar pra ele da existência do Leo. Ser honesta, mas não queria magoa-lo. Então tinha que sondar o terreno antes.

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