sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Fui com eles até o estacionamento então se separaram, dois pra cada carro e eu fui com o Leo e o Rafael no carro do Leo. O Rafael foi no banco de trás e eu no carona, ao lado do Leo. Fui mas tava com meu coração nas mãos. Apesar deles terem me defendido, eu ainda tava apreensiva afinal estava sozinha com dois homens em um carro. Tinha que providenciar um carro o mais rápido possível, só assim não passaria por esse tipo de situação.

LEO: Você mora aonde?
Expliquei para ele onde era o meu apê e para minha surpresa era perto da sua casa.
LEO: Bom como moramos perto vou deixar o Rafael na casa dele depois te deixo em casa, pode ser?
ANALU: Tudo bem. Respondi ainda apreensiva.
Rafael: Analu. Fica assim não. Somos homens de bem. Não babacas como aqueles lá. Respeitamos você tá! Disse tocando levemente meu ombro.
Eu só dei um sorriso amarelo, fazer o quê?
Fomos o caminho todo quase que calados. O Leo tava sério. Acho que para me deixar menos nervosa. Paramos em frente ao prédio do Rafael. O Leo saiu do carro para que ele pudesse descer.
Rafael: Tchau Analu. Fica em paz. O Leo é um cara direito. Não fica com medo não, tá.
ANALU: Tchau Rafael. E mais uma vez obrigada! Tentei disfarçar.
LEO: Tá Rafael! Ela já entendeu. Vai, vai tomar um banho frio e se cuida senão amanhã você não levanta da cama.

O Leo voltou pro carro e fomos o caminho todo em silêncio. Confesso que isso tava me incomodando. Assim que chegamos ao meu endereço ele retirou seu cinto de segurança e se virou para mim.
LEO: Pronto! Entrega em casa. Sã e salva!
Eu abaixei minha cabeça, sentia vergonha da minha reação mas ainda tava assustada. O Leo me segurou pelo queixo levantando minha cabeça, fazendo com que meus olhos encontrassem os seus. Seu olhar era profundo e aconchegante. Podia ficar ali, horas, apenas olhando aquele homem. Nunca me senti tão protegida quanto me sentia estando ao seu lado.
LEO: Tá tudo bem? Mesmo?
ANALU: Tá sim. Mesmo. Desculpa. Mas é que ...
O Leo então afagou meu rosto. Como ele é carinhoso.
LEO: Eu sei. Mas não fica assim não. Eu e meus amigos jamais faríamos isso com garota nenhuma.
ANALU: Eu percebi. Mas sinceramente não sei como agradecer. Se não fossem vocês...
O Leo me cala com um toque suave em meus lábios.
LEO: Faz assim então. Pra você se sentir menos culpada aceita fazer um lanche comigo qualquer dia desses? Pode ser num dia de folga sua. Que tal?
ANALU: (Penso um pouco).Tá certo! Vou te passar o meu telefone, você me liga e combinamos, pode ser?
O Leo imediatamente abriu aquele sorriso, o mesmo que me encantou no dia em que nos esbarramos. Abri a bolsa e peguei um bloquinho de notas, anotei meu telefone e lhe entreguei. Ele continuou sorrindo, pegou a carteira no bolso da calça, dobrou o papel e guardou junto aos documentos. O Leo sai do carro e abre a porta para mim. Um cavalheiro encantador. Nos despedimos com três beijinhos sendo o último quase que ele alcança o canto da minha boca. Confesso que tremi. Sai do seu carro nas nuvens, definitivamente esse homem mexeu comigo.
 

A semana se passou sem mais nenhuma surpresa. Uns três dias depois desse fato o Leo me ligou. As minhas folgas eram as segundas, dia de menor movimento no bar. Combinamos então um cinema à tarde. Assim teria tempo de fazer minhas coisas e a noite pra descansar um pouco. Acertamos tudo e assim que desliguei o telefone senti uma alegria no coração que não tinha outra explicação, era por causa dele. Continuei a minha rotina e deixei o destino tomar conta da minha vida. O que tivesse que acontecer, iria acontecer. No domingo, antes de ir pro bar, Bruna, minha colega de apartamento, me convidou para uma reunião que iria acontecer na casa de um amigo.

BRUNA: Ô Analu, vamos! Vai acabar cedo. Além disso amanhã é sua folga. Você precisa sair, é da faculdade pro trabalho e do trabalho pra casa. Você tá vendo sua vida passar e não faz nada. É preciso um pouco de diversão também. Vai! O que que custa?
ANALU: Custa que eu trabalho hoje, esqueceu?
BRUNA: Ah! Vai depois do trabalho. O pessoal vai chegar tarde mesmo. Dá tempo. Por favor. Por mim? Implorou meio que na brincadeira. Além disso vão uns amigos gatinhos, quem sabe você não se arruma.
ANALU: Me arrumar? Eu não tenho nem tempo de me arrumar pra mim, que dirá arrumar alguém. Ri.
BRUNA: Mais um motivo pra você ir então. Tem que ter um tempinho pra isso também. Vamos. Se quiser eu passo lá e te pego. Quer?
ANALU: Tá, eu vou e não. Não precisa ir me buscar. Assim que sair do trabalho eu te ligo e pego um ônibus mesmo.
BRUNA: Obaaaaaaaaa!

Domingo era um dia tranqüilo, como muito dos freqüentadores do bar trabalhavam na manhã seguinte esse era um dia que o trabalho além de pouco terminava cedo. Assim foi a noite de trabalho. Quando chegou 11 da noite Sr. João me dispensou pois devido o inicio da semana o movimento tava fraco. Resolvi então ligar pra Bruna. Afinal uma carona caia bem.

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