terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Frase do dia - 31/01/12

"O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado"
Mário Quintana

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Frase do dia 30/01/12


“Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós.” 
Clarice Lispector

domingo, 29 de janeiro de 2012

Postagem especial para uma amiga especial ...


Mas assim que fechei a porta ouvi o telefone tocar, atendi, era o Victor. Novamente meu dilema voltava a me assombrar.
VICTOR: Analu?
ANALU: Oi Victor! Tudo bem?
VICTOR: Sim. E com você?
ANALU: Tá tudo tranqüilo.
VICTOR: Analu, passei o dia todo pensando em ti então resolvi te ligar. Fiz mal?
ANALU: Não. Tudo bem.
VICTOR: Então... eu quero combinar um programa contigo amanhã tudo bem?
ANALU: Amanhã?
VICTOR: Se você não pode tudo bem, pode falar.
ANALU: Não... não, me diz o que você pensou.
Novamente meu coração gritava para ficar com ele então não pensei em mais nada, nem no Leo.
VICTOR: Vamos sair da cidade, um passeio na região rural. Eu conheço uma fazenda, de um amigo meu, eu pensei em passar o dia inteiro lá, contigo, é claro. O que você acha? Gosta do campo?
ANALU: Nossa Victor, eu adoro o campo, mas passar um dia inteiro? Eu trabalho a noite esqueceu?
VICTOR: Não. Eu já programei tudo. Eu passo no seu trabalho no final do seu horário. E de lá seguimos pra fazenda. Eu te prometo que nós voltamos a tempo de você poder trabalhar.
ANALU: Mas não vai ser cansativo? É tão longe assim? Viajar a noite...
VICTOR: Não! Poxa Analu, eu queria muito passar assim um dia inteirinho com a minha namorada, será que estou te pedindo muito? Não vai ser cansativo não, você vai ver. Será revigorante. Vamos vai?
ANALU: Namorada é?
VICTOR: E não é? Vamos vai. Por favor. É o seu namoradinho que tá pedindo. Aceita vai.
Disse suplicando.
ANALU: Risos.  Pedindo desse jeitinho, não posso negar isso ao meu namoradinho.
VICTOR: Oba! Então faz assim. Você tá saindo daqui a pouco pra trabalhar não é?
ANALU: Sim.
VICTOR: Então separa uma muda de roupa, assim quando chegarmos na fazenda você toma uma ducha pra despertar e se refrescar. Prometo a minha namoradinha que te entrego em casa a tempo de se arrumar pro trabalho.
ANALU: Humm. Tudo pensado né! Não tem como dizer não a você.
VICTOR: Então combinado?
ANALU: Sim. Você passa lá no trabalho. Mas como hoje é sábado, devo sair mais tarde viu! Lá pras 3 da manhã.
VICTOR: Sem problemas, eu tenho show hoje também e de lá sigo pro seu trabalho. Combinado?
ANALU: Combinadíssimo.
Nos despedimos, ele todo carinhoso comigo, confesso que adorei aquela atenção toda e fui tomar um banho e me preparar pro trabalho. Separei uma muda de roupa conforme o Victor solicitou e nem lembrei do Leo. Fui para o trabalho e a noite correu tudo como sempre sem percalços. No final do seu show o Victor conversou com o Leo.
VICTOR: Leo, eu daqui vou para fazenda do Marcão. Já combinei com ele. Vou passar o dia todo lá com a minha namorada.
LEO: Namorada? Não sabia que você tava namorando. Eu conheço?
VICTOR: Risos. Não. Mas vai conhecer, em breve.
LEO: Humm. É namoro mesmo ou passatempo?
VICTOR: No inicio eu pensei em passatempo. Sabe como é. Sinto falta de um pouco de carinho. Mas ... num sei... ela é diferente.
LEO: Diferente como? É perneta? Brincou.
VICTOR: hehehe. Tão grande e tão engraçadinho...
LEO: Você acha? ... Falando sério agora. É pra valer mesmo? Eu não te vejo se envolver com alguma garota há tanto tempo.
VICTOR: Pois é. Nem eu (Risos). Mas ainda não sei. Não a sinto tão interessada assim em mim. Então resolvi fazer um programa diferente. Vou leva-la pra fazenda. Lá, longe de tudo e de todos, quem sabe... rola alguma coisa.
LEO: Humm. Já entendi. Você não tá atrás de romance né! Só um pouco de carinho de mulher. Tadinho, tá carente tá? Falou brincando novamente.
VICTOR: Uai! Você não gosta? Eu adoro! E já disse, ela é diferente.
LEO: Cara vê se não vai magoar a moça. Eu te conheço, você com essa cara de bom moço, todo carinhoso, daqui a pouco você cansa e chuta a mulher pra escanteio sem dó nem piedade. Aí a coitada fica por aí, pelos cantos suspirando e se perguntando onde errou. Você tem que parar com isso Victor. Vê se leva a garota a sério. Pelo menos essa.
VICTOR: Tá bom, papai! Vou lembrar dos seus conselhos, tá!
LEO: É sério Victor. Nunca vi você se apaixonar por alguém.
VICTOR: Apaixonar? Para que? Para ficar sofrendo depois. Não, obrigado!
LEO: Bom, você é quem sabe.
VICTOR: Exato. Eu é que sei. Então já sabe, só te vejo amanhã a noite, aqui no bar, pro show tá!
LEO: Tudo bem, combinei com a MINHA NAMORADA de passar o dia inteirinho com ela. Quero leva-la pra passear, NAMORAR um pouco. Vê se aprende com seu irmãozinho aqui viu!
VICTOR: Tá bom, tá bom. Já entendi. Que saco!
LEO: Nos vemos amanhã então.
VICTOR: Isso. Até!
LEO: Até.
Eles se despedem com um forte abraço, mesmo tão diferentes o amor e a cumplicidade desses irmãos era uma coisa muito intensa e profunda. De se admirar. O Victor pega seu carro e vai ao meu encontro no bar enquanto que o Leo pega o rumo de casa. Queria descansar pra poder curtir seu domingo comigo. Ao chegar no bar o Victor estaciona bem em frente a porta principal e sai do carro mas fica encostado ali, me esperando. Assim que o vejo, aceno com um sorriso nos lábios. Logo Sr. João me libera, pego minhas coisas e vou ao encontro do Victor que me espera com um lindo sorriso.


 
VICTOR: Oi linda! Tudo certinho? Podemos ir?
ANALU: Oi lindo! (risos). Tudo sim. Podemos. Você não vai ficar cansado? Dirigir durante a noite cansa.
Ele afaga meu rosto e me dá um beijo delicado nos lábios.
VICTOR: Não, meu amor. Já tô acostumado. Não se preocupe. E a muda de roupa? Você trouxe?
ANALU: Tá aqui. Mostrei uma bolsa que eu trazia comigo.
VICTOR: Então me dê isso aqui. E vamos curtir um pouco um ao outro.
Ele pegou a bolsa na minha mão. Colocou no banco de trás do carro e segurou a porta para que eu entrasse. Nunca tinha o visto com tanta gentileza.
ANALU: Obrigada!
VICTOR: Tudo pra minha namoradinha. Disse rindo.
Ele fechou a porta e deu a volta no carro, entrando em seguida.
VICTOR: Ó se você quiser pode cochilar um pouco, não tem problema. Quando estivermos próximo da fazenda eu te acordo.
ANALU: De jeito nenhum. Imagina! Deixar meu namoradinho acordado dirigindo enquanto eu durmo. Vamos ouvindo música assim espantamos o sono.
VICTOR: Ok e obrigado viu!
ANALU: Obrigado por que?
VICTOR: Por aceitar meu convite oras. Prometo que você vai amar esse passeio.
ANALU: Humm. Cuidado. Promessa é divida.
VICTOR: Pois eu vou adorar ter uma credora como você.
Ele deu a partida e rumamos a região rural da cidade. O caminho foi tranqüilo afinal aquela hora da madrugada não tinha transito na estrada, principalmente por não ser uma estrada federal. Fomos o tempo todo conversando, brincando, rindo e  cantando nem senti o dia amanhecer. Aos poucos deixamos o asfalto e pegamos ruas de terra.


Olhei para o Victor e perguntei:
ANALU: Falta muito?
VICTOR: Não. Mais meia hora no máximo. Chegaremos lá bem na hora do café da manhã. Prepare-se normalmente o café de fazenda é bem farto.
ANALU: Ai Victor, quer dizer que minha dieta vai pro brejo?
VICTOR: Dieta? Você não precisa de dieta. É linda e tem um corpo perfeito.
Logo chegamos a tal fazenda do amigo do Victor. E realmente ele não exagerou em nada, era um lugar com muito verde e uma tranqüilidade sem fim.


Chegamos a casa principal, uma bela casa de dois andares. Fomos recepcionados pelo amigo do Victor, Marcos, que nos recebeu calorosamente.
MARCOS: Sejam bem-vindos, espero que gostem daqui.
VICTOR: Oi Marcos! Obrigado, deixa eu te apresentar. Essa é Analu, minha namorada.
MARCOS: Prazer Analu. Só uma linda garota assim pra fazer esse cara sair da toca hein.
Fico um pouco encabulada mas o Victor me abraça e diz.
VICTOR: Eu tenho bom gosto.
Eu apenas sorri e o cumprimentei. O Marcos explicou algumas coisas para o Victor. E nos deixou a vontade pra usar a casa. Fomos direcionados para o quarto de hospedes, quando percebi que o quarto era para os dois fiquei super sem jeito. Notando meu desconforto o Victor tentou amenizar a situação.
VICTOR: Analu! Toma um banho e troca essa roupa. Vou esperar lá embaixo conversando com o Marcão. Assim que você terminar, desce que eu subo pra tomar o meu banho ok?
ANALU: Tá bom. Obrigada!
Nos despedimos brevemente com um beijo carinhoso e ele sai fechando a porta do quarto. Fui para o meu banho e assim que me aprontei desci ao seu encontro. Ele estava a mesa com o Marcos, aquela mesa farta que só de olhar já engorda uns 2 kg.


O Victor pede licença ao Marcos e sobe pra tomar o seu banho. Eu me sento ali e começamos a conversar um pouco. Marcos é um empresário do ramo alimentício e amigo de infância do Victor. Ficamos ali, entretidos com a boa prosa e a comida deliciosa enquanto o Victor se arrumava. Depois de pronto ele vem ao nosso encontro então o Marcos se oferece pra mostrar um pouco da fazenda e a sua mais nova aquisição: Mimosa, uma vaca premiada. Achei engraçado o nome mas preferi guardar o comentário só pra mim.


Andamos pela fazenda, não é uma fazenda grande, mas tem de tudo que uma fazenda pode ter, plantações, animais de criação como porco, galinha, vaca e um belo estábulo com lindos cavalos. Não resisti e pedi pra montar. Marcos orientou a um de seus empregados a celar dois cavalos e se despediu pois tinha muitas coisas pra resolver, deixando eu e o Victor passear a vontade pela fazenda.


Durante todo o passeio eu e Victor brincamos bastante, ele tava todo solicito e carinhoso comigo e seu sorriso de felicidade por estar ali em minha companhia era arrebatador. De repente ele olha pra junto da mata e me convida:
VICTOR: Tá um dia tão lindo! Vamos tomar um banho de cachoeira?
ANALU: Banho? Como? Eu não trouxe roupa de banho Victor, como vamos fazer?
VICTOR: Com as roupas de baixo oras, por favor, vamos vai?

Frase do dia - 29/01/12


"O sonho encheu a noite
Extravasou pro meu dia
Encheu minha vida
E é dele que eu vou viver
Porque sonho não morre."
Adélia Prado.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Frase do dia ...

"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante."
Albert Schweitzer ( Nobel da Paz - 1952)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Acordo com o despertador gritando desesperadamente. Desligo-o e fico ali pensando em como sair daquela situação. Com quem ficar? Quem escolher? E se eu escolher errado e me arrepender? É, não posso me arriscar, se disser a eles sobre a existência um do outro posso colocar tudo a perder ou pior não ter a chance de me corrigir, se acaso escolher erroneamente.
Decidida a não comentar nada com nenhum dos dois sobre esse dilema, pulo da cama e vou me arrumar para encontrar com o Leo, até porque em menos de 1 hora ele irá me buscar para almoçarmos juntos.
No horário combinado o Leo toca meu interfone:
LEO: Oi, Analu! Sou eu.
ANALU: Oi! Tô descendo.
Saio de casa fechando tudo pois a Bruna já foi para o seu estágio.
LEO:  Oi! Nossa! Como sempre linda!
ANALU: E você, como sempre cavalheiro.
Trocamos um singelo beijo nos lábios. O Leo abre a porta do carona para mim e como da outra vez, beija suavemente minha mão antes que eu entre no carro. Sorrio agradecendo o carinho e entro, mas minha mente volta a me atormentar.
Vou o caminho todo calada, de vez em quando o Leo me olha querendo falar algo mas também não se atreve a abrir a boca. Chegamos no restaurante, ele salta do carro rapidamente e abre a porta para mim, agradeci. Entrelaçamos nossas mãos e entramos, era um ambiente acolhedor e tranqüilo. Pedimos uma mesa, sentamos e fizemos nossa escolha. A todo instante eu olhava para o Leo me questionando: Será que é ele quem eu devo escolher? E se não for? O almoço transcorreu tranqüilamente, conversamos amenidades e como era de se esperar a cada instante descobria gostos e atitudes no Leo que eram comuns a mim, o que tornava minha escolha um pouco tendenciosa. Depois do almoço como tínhamos a tarde livre o Leo me levou até um dos parques da cidade. Procuramos nos sentar em um banco, a sobra de uma grande árvore, para namorar um pouco.


O Leo me abraçou e perguntou:
LEO: Tá tão quietinha princesa. Algum problema?
ANALU: Não! Respondi rapidamente. Só um pouco de cansaço.
LEO: Foi dormir tarde né! E a sua amiga? O que é que ela tinha?
Fiquei sem ação naquele instante, afinal tinha mentido pra ele, o que responder? Continuar mentindo? Não. Isso não seria legal.
ANALU: Problemas do coração, sabe como é...
LEO: Sei não!
ANALU: Não?
LEO: Não. (risos). O meu está em festa. Desde que nos esbarramos naquela bendita esquina não sei o que são problemas do coração. A minha vida agora é só alegria. Disse sorrindo encantadoramente para mim. O que me fez me sentir pior do que já estava.


Fiquei mais quieta ainda. O Leo reparou mas preferiu não comentar. Seu coração dizia que não era coisa boa mas como estava vivendo uma felicidade plena não quis se desgastar com notícias ruins. A tarde passou voando e logo chegou a hora de voltar ao trabalho. O Leo me deixou em casa mas tive que prometer que passaríamos o domingo todo juntos e ele garantiu que iria me buscar no trabalho depois do show. Nos despedimos com um doce beijo apaixonado.
Mas assim que fechei a porta ouvi o telefone tocar, atendi, era o Victor. Novamente meu dilema voltava a me assombrar.

Foto pra alegrar o dia

A natureza em sua expressão máxima, floração.


Frase do dia ...

"Já me senti ferozmente, desesperadamente, agudamente infeliz, mas através de tudo ainda sei, que estar viva é sensacional'' 

Agatha Christie

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Depende da posição ...

Segundo estudos recentes,
De pé, fortalece a coluna;
De cabeça para baixo estimula a circulação do sangue;
De barriga para cima é mais prazeroso;
Sozinho, é estimulante, mas egoísta;
Em grupo, pode até ser divertido;
No banho pode ser arriscado;
No automóvel, é muito perigoso...
Com frequência, desenvolve a imaginação;
Entre duas pessoas, enriquece o conhecimento;
De joelhos, o resultado pode ser doloroso...
Enfim, sobre a mesa ou no escritório, antes de comer ou na sobremesa, sobre a cama ou na rede, nus ou vestidos, sobre o sofá ou no tapete, com música ou em silêncio, entre lençóis ou no closet:, sempre é um ato de amor e de enriquecimento, não importa a idade, nem a raça, nem a crença, nem o sexo, nem a posição socioeconômica...

...Ler é sempre um prazer!

DEFINITIVAMENTE, LER LEVA VOCÊ A EXERCITAR A IMAGINACÃO.
E VOCÊ ACABOU DE COMPROVAR ISSO.

Texto enviado pelo leitor Claudio Regis Custodio
http://www.facebook.com/skoobnews/posts/10150493984665841

Frase do dia ...


“Passados dois meses de tantas histórias, comecei a pensar no sentido da solidão. Um estado interior que não depende da distância nem do isolamento, um vazio que invade as pessoas e que a simples companhia ou presença humana não podem preencher, solidão foi a única coisa que eu não senti, depois de partir. Nunca. Em momento algum. Estava, sim, atacado de uma voraz saudade. De tudo e de todos, de coisas e pessoas que há muito tempo não via. Mas saudade às vezes faz bem ao coração. Valoriza os sentimentos, acende as esperanças e apaga as distâncias. Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão, poderá morrer de saudades, mas não estará só.”

Amyr Klink
“Cem dias entre céu e mar”

Frases, pensamentos e afins ...

A partir de hoje, sem avisos, estarei postando uma frase, pensamento ou mesmo passagem de um livro que eu esteja lendo ou li. É só para que você leitor pare, pense e analise o que aquele texto representa para você, na sua vida, nos seus princípios e no que você acredita.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Escrever para ser lido

Engraçado como são as coisas na vida. Principalmente o fato que nada é por acaso. Acabei de preparar as postagens de hoje e estava com esse link aberto para poder ler este texto que reproduzi abaixo. Muito interessante e profundamente ligado ao que busco ter com meus leitores.

Segue o texto e seu link:

"Quem escreve geralmente tem um diário, um caderno de impressões, um arquivo ou alguma forma de lançar ideias. Cartas – sejam elas escritas em papéis ou digitadas – podem ser tão interessantes que dá uma certa dó pensar que apenas uma pessoa no mundo – o destinatário – irá lê-las.
Sem exagero, algumas interações virtuais totalmente despretenciosas podem ser verdadeiras pérolas, com frases de efeito, pensamentos profundos, sacadas geniais de humor.
Como um criador que tem orgulho da sua criatura, não é incomum que uma pessoa acabe realmente publicando o que a princípio não era para ser lido. Pessoas que copiam e colam suas conversas de MSN, trazem textos antigos à tona, publicam e-mails. Às vezes dá certo, outras vezes não.
O meio em que escrevemos e o leitor que temos em mente na hora que escrevemos determina o conteúdo da nossa escrita. Sempre, inevitavelmente.
Os meios por terem limites de caracteres, por terem uma forma própria de diagramação, a possibilidade de “curtir”, um tempo longo ou curto até ser recebido, a privacidade de ser lido apenas uma pessoa ou por várias.
Em chats, usamos frases curtas e rápidas, para não perder o fio da conversa, enquanto em posts há a possibilidade de corrigir infinitamente antes de deixar os outros verem.
Publicar num mural do facebook não é o mesmo que publicar num mural de verdade, que não é a mesma coisa que escrever um bilhete, e por aí vai.
O leitor é determinante porque dele imaginamos as referências. Se achamos que o nosso leitor é burro, simplificaremos a mensagem; se ele compartilha conosco várias experiências e maneiras de ver o mundo, podemos aludir vagamente algumas idéias com a certeza de que seremos bem interpretados; se é um leitor desconhecido, colocaremos a prudente máscara social pela qual queremos ser vistos; se é o nosso amor, podemos escrever ridículas cartas de amor…
Misturar esses meios é misturar referências, e nem sempre isso rende um bom texto. Piadas, conversas ou tiradas geniais entre amigos podem ser muito interessantes entre eles, mas não me interessam. Um texto, para merecer ser chamado de texto, precisa ter início, meio e fim. Ele precisa conter uma idéia e ter o mínimo de acessibilidade.
Se o texto só pode ser entendido por quem conhece o autor e sua história de vida, ou por quem já tomou umas cervejas com ele, algo está errado. Uma vez escrito, um texto é uma realidade independente – não dizemos que uma obra é duradoura justamente quando tem a capacidade de falar a muitas pessoas, em países e épocas diferentes?
Por isso eu defendo que se escreva pensando no leitor. Se o texto for o enxerto de algo pessoal, que se leve em conta que o meio mudou e se façam as alterações necessárias. Querer ser um escritor de suas memórias, suas conversas com os amigos, suas cartas pessoais e seu mundo não é querer ser exatamente escritor…"


Interação com os leitores

Olá!
Quem me conhece sabe o quanto eu gosto que os leitores de minhas estórias interajam comigo.
Então resolvi solicitar a você que acabou de ler o capítulo de hoje: 
Para você, com quem a Analu deve ficar? Victor ou o Leo?
Pode deixar como comentário mesmo a sua resposta.
Obrigada por me acompanhar nesta aventura fictícia.
Monique

BRUNA: Analu?
ANALU: Não sei. Bruna eu realmente não sei como me meti nessa confusão. Me ajuda?
Era mais que um pedido de ajuda. Era uma súplica para entender o que eu deveria fazer.
BRUNA: Vem, toma um banho, troca essa roupa e então conversamos.
Fiz o que Bruna me falou depois fomos para o meu quarto e lá tivemos uma conversa séria e reveladora.
BRUNA: Então... me conta essa estória. Como é que você, Analu, a Srta. Certinha, conseguiu arrumar dois namorados ao mesmo tempo?
ANALU: Ai Bruna, não fala assim... eu não programei isso ... simplesmente aconteceu. Simples assim.
BRUNA: Simples?
ANALU: É. Não fiz nada premeditado. Apenas ... aconteceu. Aí o que faço agora? Eu ia contar pro Victor do Leo mas não consegui.
BRUNA: Peraí. Você disse Victor e Leo? É isso mesmo?
ANALU: É! Por que?
BRUNA: Analu. Onde esse Leo mora?
Assim que disse o endereço do Leo quem teve a pior das surpresas fui eu.
BRUNA: Analu, você tá namorando dois irmãos!
ANALU: O que?
BRUNA: É isso mesmo. Esse tal de Leo não é um moreno bem alto, com quase 2 metros de altura?
ANALU: É. (respondi incrédula)
BRUNA: Então. É o irmão mais novo do Victor eles cantam juntos. Você não sabia disso?
ANALU: Como é que é? Irmãos?
BRUNA: É, irmãos. Menina você tá numa bela de uma enrascada. E agora o que você vai fazer?
ANALU: Ai meu Deus! Não faço idéia. E agora?
BRUNA: O que você sente pelo Victor?
ANALU: Ai Bruna, não sei exatamente. Eu gosto dele, assim ... ele não me inspira confiança, não sei bem o por que, mas quando ele me beija ... ahh ... sinto flutuar.
BRUNA: Ihhh. E em relação ao Leo.
ANALU: Esse é fácil.
BRUNA: Fácil?
ANALU: É. Eu adoro estar com ele. Nos conhecemos da forma mais inusitada que alguém possa imaginar. E estar ao seu lado é incrível. O máximo mesmo. Ele além de lindo é super carinhoso, romântico, protetor...
BRUNA: Então tá respondido. Você gosta do Leo e não do Victor.
ANALU: Será?
BRUNA: Analu! É só reparar como você fala de cada um. Você não fala do Victor com o mesmo entusiasmo que fala do Leo.
ANALU: Não sei. Agora que estou mais confusa ainda. Você tem certeza que são irmãos?
BRUNA: Tenho. Eu conheço os dois.
ANALU: E agora? O que eu faço?
BRUNA: Eu é que te pergunto Analu. Você vai continuar com os dois? Ou vai escolher um?
ANALU: Mas qual deles eu escolho?
BRUNA: Analu!
ANALU: É sério Bruna, eu não sei. Eu gosto do Victor, não sei te explicar direito ... é diferente ... mas eu também gosto do Leo. E agora?
BRUNA: Agora se você não quiser bancar a canalha terá que escolher um deles. E torcer pra não escolher errado
Fico ali na sala por mais um tempo, tentando assimilar tudo que estava ocorrendo e procurando uma saída para esse meu dilema. Como não encontrei decidi ir dormir um pouco, afinal em poucas horas estaria com o Leo novamente e teria que dar um jeito nessa situação. Me deitei e adormeci com a minha mente perturbada pela situação.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Ele concorda com a cabeça, eu me abaixo um pouco e lhe dou um selinho como despedida e recebo novamente aquele sorriso encantador. Ele dá a partida no carro e se vai. Acompanho-o somente com os olhos. Era estranho. Eu gosto dele, mas não é igual ao que sinto pelo Leo. Era bem diferente por sinal. A nossa sintonia era algo inexplicável mas não arrebatador como era com o Leo. Mas seus beijos... nossa! Eu ficava completamente rendida em seus braços.
Assim que ele some na esquina da rua eu entro. Chegando em casa me deparo com a Bruna na cozinha, tomando café.
BRUNA: Graças a Deus, você chegou!
Fiquei surpresa com a explanação da Bruna.
ANALU: O que aconteceu? Tá tudo bem?
BRUNA: Eu é que te pergunto. Onde você tava até agora? Um tal de Leo ligou pra cá, perguntando por você. Disse que tinha ligado pro seu trabalho mas que você já tinha saído. Fiquei preocupada. Onde você se meteu?
ANALU: O Leo ligou pra cá? Quando?
BRUNA: Ontem, já era mais de 2 da manhã. A sorte é que tava acordada, estudando. Quem é Leo? E onde é que você tava?
ANALU: Leo é o carinha que eu saí aquele dia, lembra? Fomos ao cinema... aí meu Deus! Será que aconteceu alguma coisa?
BRUNA: Não sei, ele ficou preocupado quando disse que você ainda não tinha chegado. Ele pediu pra você ligar pra ele. Onde diabos você se meteu mulher, até a essa hora na rua!
Fico pensativa. O que será que o Leo queria? Será que tinha acontecido alguma coisa? Fico ali perdida em minhas dúvidas mas sou tragada novamente para a realidade com a voz da Bruna.
BRUNA: Analu!
ANALU: Hã!
BRUNA: Afinal vai falar ou não? Aonde você tava até a essa hora?
ANALU: Eu saí com o  Victor. Ele queria conversar.
BRUNA: Com o Victor? Depois a safada sou eu né!
ANALU: Aí Bruna, dá um tempo vai!
BRUNA: Sério agora. Você tá saindo com os dois?
ANALU: É. Tô. E agora tô preocupada com o Leo, vou ligar pra ele.
BRUNA: Não acha que tá cedo não?
ANALU: Ele me ligou as 2 da madrugada. Então não é cedo. Vou ligar.
Saio da cozinha e vou até a sala. Pego o telefone do gancho e disco seu número. Assim que atendem tomo um susto com a voz do outro lado da linha e desligo imediatamente. Bruna, que estava na porta da cozinha me observando pergunta:
BRUNA: O que houve? Você tá pálida. Tá tudo bem?
ANALU: Era a voz do Victor.
BRUNA: Do Victor? Tá no mundo da lua mesmo hein mulher! Diz que vai ligar para um e liga pro outro. Cuidado viu!
ANALU: Vou ligar novamente.
BRUNA: Presta atenção. Só falta você chamar um pelo nome do outro.
ANALU: Credo, Bruna!
BRUNA: Tô falando sério. Se liga!
Assim que coloca o telefone no gancho o Victor estranha. Quem poderia ser àquela hora da manhã? O Leo vem correndo do quarto assim que ouve o telefone tocar, quando chega a sala o Victor já tinha desligado.
LEO: Quem era?
VICTOR: Sei lá! Desligou.
O telefone toca novamente.
LEO: Deixa que eu atendo, deve ser a minha namorada.
VICTOR: Namorada? Não sabia que você tava namorando. Bom, vou dormir. Tchau.
LEO: Alô!
ANALU: Oi Leo, sou eu. Te acordei?
LEO: Oi Analu. Não, tudo bem. Tava preocupado com você. Chegou agora?
Fico em silêncio um pouco, não posso simplesmente dizer pra ele que tava com o Victor até a essa hora. Não iria dar certo.
ANALU: É. Uma amiga minha ... ela tava precisando desabafar. Fui pra casa dela conversar e só cheguei agora. Tá tudo bem?
LEO: Fora a saudade, tudo. Foi você que ligou agorinha?
ANALU: Não. (Menti! Detesto mentiras mas foi automático). Mas me diga, você me ligou de madrugada. Tá tudo bem mesmo?
LEO: Tá sim! É que como não conseguimos nos ver essa semana eu pensei em passar no seu trabalho pra gente se ver. Liguei pra lá mas disseram que você já tinha saído aí liguei pra sua casa. Acho que acordei a sua amiga. Ela ficou chateada?
ANALU: Não. A Bruna tava acordada, estudando.
LEO: Humm. Então. Tô com saudades de você. Acha que dá pra gente se ver mais tarde?
ANALU: Pode ser. Passa lá no trabalho?
LEO: Tava pensando em almoçarmos juntos. Afinal hoje é sábado, você tem aula?
ANALU: Não! Ótima idéia, passamos a tarde juntos e depois você me deixa no trabalho, combinado?
LEO: Combinado. Passo aí as 13hr tá!
ANALU: Tá bom. Vou te esperar. Beijos. Saudades de ti também.
Nos despedimos e desligo o telefone me sentindo a pior das criaturas. Como eu poderia estar fazendo aquilo. Não era do meu feitio sair com dois homens ao mesmo tempo e pior, mentir pra eles. Me deixei levar pela situação e acabei enroscada. Fiquei ali, em pé na sala, pensando em como resolver esse enrosco.
BRUNA: Analu!
ANALU: Hein?
BRUNA: Acorda mulher! Tá tudo bem?
ANALU: Tá.
BRUNA: Falou com ele?
ANALU: Falei ... combinamos de almoçar juntos.
BRUNA: E o Victor?
ANALU: O que tem ele?
BRUNA: Como o que tem ele Analu? Você não tá com ele? Ou não?
Fico ali perdida em meus pensamentos. Para essa pergunta eu ainda não tinha a resposta.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Saímos dali e fomos nos afastando da cidade. Fiquei um pouco reticente mas alguma coisa dentro de mim dizia que era para confiar nele. O Victor me levou para uma praça no alto de um morro, de onde podia se ver toda a cidade. Um local lindo. Ele estaciona o carro em frente ao precipício, e de dentro do carro tínhamos essa bela vista noturna de Uberlândia.



Ele tira o cinto de segurança e relaxa no banco como que tentando ficar a vontade naquele momento. Seu olhar se perde no horizonte.
ANALU: Tá tudo bem?
VICTOR:  Tá sim. Gosto daqui.
Olho para o mesmo local que ele tá olhando. A paisagem era linda.
ANALU:  Olhando assim, a cidade, me sinto tão pequena!
VICTOR: Eu vejo o quão grande é o meu sonho.
Fico fitando-o como que se quisesse entender essa sua observação Então ele continua.
VICTOR: Sabe Analu, eu vim de uma cidade muito pequena, cerca de 10 mil habitantes. Lá já não comportava mais meus objetivos. E gosto de vir aqui quando sinto dificuldades pra alcança-los. Aqui me sinto livre e com minha energia renovada para continuar seguindo meu caminho.
ANALU: E que caminho é esse? Quais são os seus sonhos?
Victor então me sorri. Acho que era exatamente isso que ele esperava de mim. Essas perguntas foram como uma chave que abriria um caminho para o seu coração.


 

VICTOR: O caminho árduo do reconhecimento também conhecido como sucesso. Na profissão que escolhi para mim esse é um caminho que nem sempre conseguimos alcançar. Você pode trabalhar uma vida inteira e ninguém compreender o que você faz. Muito menos gostar. Esse é o meu sonho. Poder ser reconhecido pelo meu trabalho, pela minha música, tocar a alma das pessoas, faze-las se emocionarem.
ANALU: Você é feliz cantando?
VICTOR: Sim. Muito!
ANALU: Então isso é o que importa Victor. O reconhecimento virá com certeza pois sempre que fazemos o que gostamos, fazemos com amor e as pessoas reconhecem isso.
VICTOR: É mas às vezes bate o desespero sabe! Parece que tudo vai de encontro, como que para te fazer desistir. É muito difícil. Longe de casa, da família, dos amigos ...
Afago seus cabelos como que se fosse possível reconforta-lo.
ANALU: Sei bem como é. Eu também estou longe dos meus.
O Victor me olha, como que suplicando esse conforto. Olho para ele com ternura.
VICTOR: Às vezes me sinto completamente só.
ANALU: Mas você não está.
VICTOR: Será? Em certos momentos não sinto isso.
ANALU: Pois acredite em mim. Você não está!
Olhei novamente para a cidade, tão pequena e tão grande ao mesmo tempo.
ANALU: Sei exatamente como é esse sentimento. Você se vê sozinho, acuado, tudo e todos em sua volta se afastam de ti. Como se você e somente você fosse o culpado por uma situação que não é a que você sonha, deseja. Mas acredite em mim Victor. Por mais difícil que seja a situação você sempre terá pessoas que te amam ao seu lado, torcendo por ti. Podem não estar próximas, geograficamente, mas estão em alma, pensamento e principalmente em coração.
A cada palavra por mim dita faziam a nuvem negra que tinha surgido em seus olhos se dissipar. Percebi que a nossa conversa era mais que um desabafo dele. Era um pedido de resgate. Resgata-lo de suas angustias e medo. Quando percebi isso desisti de contar para ele sobre a existência do Leo. Não era o momento. O Victor viu em mim uma confiança que não tinha em mim mesma, decidi não decepciona-lo. Ele se aproxima de mim, me dá um delicado beijo nos lábios e se aconchega em meu ombro enquanto que acaricio seus cabelos. Ficamos assim por um bom tempo, esquecidos em seus próprios pensamentos. Quando nos demos conta, já estava amanhecendo. Solto um longo e profundo suspiro, voltando de meus devaneios.
VICTOR: Quer ir embora?
ANALU: Preciso.
Sinto que ele volta a se entristecer.
VICTOR: Não fui uma boa companhia hoje né?
ANALU: Imagina! É bom saber que não sou só eu que às vezes me sinto completamente sozinha.
VICTOR: Obrigado!
ANALU: Por que?
VICTOR: Por aceitar sair comigo ... por me ouvir.
ANALU: Não se preocupe. Quando eu me sentir assim já sei a quem recorrer.
Ele sorri. Nos ajeitamos novamente nos bancos e vamos embora. Chegando em frente ao prédio onde moro o Victor estaciona o carro bem em frente ao portão, desliga o carro e retira seu cinto de segurança, virando-se para mim fala:
VICTOR: Obrigado novamente.
ANALU: Se você me agradecer outra vez vou começar a achar que não devemos sair mais.
Disse brincando.
VICTOR: Não! Não tá mais aqui quem falou, digo, quem agradeceu.
Brincou também.
Eu ri. Olhei para o portão.
ANALU: Tenho que entrar.
VICTOR: Não vai me convidar pra subir?
ANALU: Não dá. Esqueceu? Eu moro com a Bruna.
VICTOR: Ah! É verdade. Pena.
ANALU: Quem sabe uma outra vez.
VICTOR: Então teremos uma outra vez?
ANALU: Sim. Ou você não quer?
VICTOR: Quero! Quero e muito! Quando?
ANALU: Calma! Você me liga?
VICTOR: Ligo. Essa semana ainda tá?
ANALU: Combinado. Ficarei aguardando.
Ele então se aproxima de mim e me beija, novamente um beijo intenso e profundo. Perco até meus pensamentos em seus braços. Saio do carro e dou a volta, ele abre a janela do carro e me sorri.
VICTOR: Tenha um Bom Dia!
ANALU: Você também! Dirija com cuidado tá!