terça-feira, 23 de agosto de 2011


“A vida é uma senhora sarcástica e voluntariosa. Não adianta nada em tudo que decidirmos fazer com a nossa, ela tem vontade própria. Dizem que ela é um palco. Bom e quando é que o show acaba? Eu mesmo respondo: Nunca!”
Meu nome é Victor Chaves. Homem, filho, irmão, amigo, mineiro, cantor, compositor, poeta, ídolo e fã e vou expor aqui um pouco do que penso e faço. Das minhas experiências e meus planos para com a minha própria trajetória nesse caminho.
Hoje é quarta-feira, um dia qualquer, num mês qualquer, num ano qualquer, isso já não faz mais diferença. Os dias são todos iguais, a mesma rotina cadenciada e automática. Estou saindo da casa da minha mãe. Ah! Mãe. Palavra pequenina mas com uma força tão grande.
Somente uma mulher para carregar tamanho fardo. Gerar um ser, carrega-lo em seu ventre, sentir a dor do parto, amamenta-lo e acima de tudo e de todos Ama-lo sem ser necessário explicações. Bom, mas voltando a minha realidade, essa dura realidade da vida que não me pertence mais...
Hoje volto a minha rotina, triste mas com suas pequenas alegrias. Alegrias sim caro leitor,
pois nem tudo é espinho nessa caminhada. Termino de almoçar, almoço em família. Ato corriqueiro na vida de muitos mas um momento precioso na minha e na de meu irmão...
acredito Eu. Saímos da casa da minha mãe. Beijos, abraços, pedidos de cuidados, juízos e coisa e tal. Ah! Mãe. Tudo igual, só muda mesmo de endereço. Eu, um homem feito, ajuizado, com uma carreira profissional definida ainda tem que garantir a ela que vou me cuidar como se caso eu resolvesse contraria-la não seria Eu o maior prejudicado. Sofreria as conseqüências dos meus atos e a faria sofrer também.
Chego ao aeroporto, agenda de 5 dias de shows por um país de dimensões continentais,
malas, documentos, informações de hospedagens, equipamento. Tudo checado. Boa hora em que compramos um jato particular. Para muitos um luxo, para nós que vivemos essa rotina louca de cada dia num lugar diferente, um bem muito bem adquirido. Entro no avião,
pequeno, só cabem seis passageiros e dois tripulantes (piloto e co-piloto), fecha-se a porta,
ligam-se as turbinas. Barulho infernal! Não dá nem pra tirar um cochilo, se bem que, quando o cansaço bate não escuto nada e durmo feito uma pedra. Agora estamos somente Eu, meu irmão Leo, nosso empresário e mais três pessoas que trabalham conosco na produção do Vida Boa.
Leo, meu irmão. Não falei dele. Grande no tamanho e também no coração. Sinto inveja dele, inveja branca, como dizem por aí. Um cara incrível que consegue levar essa loucura que se tornou a nossa vida de uma forma tão leve e tranqüila. Casado, pai. Um ótimo pai.
Irmão, amigo e companheiro de jornada. Sou grato por ele fazer parte da minha vida. Dessa vida e por que não, de outras.
O avião decola, rumo a mais uma cidade, retornando a nossa rotina. Muitos reclamam da rotina, coisa previsível em sem emoções. Quem disse que a rotina não pode ser diferente?
Um dia diferente do outro, sem as mesmices do cotidiano não conhece a minha. Shows,
fotos, entrevistas, mais fotos e o encontro com as fãs. Ah! Fãs. Como descrever essas pessoas, que são capazes das maiores loucuras para se chegar perto de um ídolo? Eu sei,
apesar de muitas pessoas não acreditarem, sei como é. Também sou fã e as entendo perfeitamente bem.
Passam-se as horas, céu azul, também conhecido como céu de brigadeiro, as nuvens abaixo formam um tapete de algodão. Bela paisagem, posso mesmo até dizer, inspiradora. Respiro fundo. Abro minha pasta, retiro meu caderno e começo a escrever. A vista que tenho da janela do avião me faz escrever mais uma canção. Perguntam-me como vem a inspiração para compor as minhas músicas. Explico que vem de dentro. É nessa hora que quem fala não é o homem e sim a sua alma. Volto a olhar através da janela, começo a rir sozinho.
Vem a minha cabeça uma frase feita. Não gosto de frases feitas a menos que elas sejam perfeitamente colocadas, senão, soa falso. Mas que frase é essa você deve estar se perguntado. Pois eu digo: “Lembre-se que por mais nuvens que estejam em sua cabeça acima delas existe um sol brilhando para você”. Volto a escrever, agora não sou eu quem comanda minha mão e sim a minha alma que toma conta de mim. A caneta corre o papel,
é como se eu não tivesse vontade própria mas que a minha alma quisesse gritar o que sente e o que vê. Pronto. Acabou. A inspiração se foi. Olho novamente para o caderno, leio o que escrevi. Volto a sorrir, perfeito! Levanto a cabeça e percebo meu irmão me observando.
Ele sorri para mim, sabe que ali está mais uma canção feita e que esses momentos em que estou fora do meu controle são momentos únicos e especiais. Ele já me disse uma vez:
“Sinto-me privilegiado de estar ao seu lado em momentos como esses”. Privilégio meu ...
privilégio meu.
O piloto avisa que estamos chegando, guardo tudo e respiro fundo. Tensão. Decolagem e aterrissagem são momentos tensos para mim. Detesto ter a minha vida dependendo de uma máquina, tudo bem que existe um homem no comando. Mas como já disse a vida é uma senhora voluntariosa e não depende de nós traçar seu rumo podemos no máximo sonhar com o que queremos dela.
Pousamos. Ufa! Agora é sair daqui e respirar o ar lá de fora. E começa nossa rotina. Somos recebidos pela produção do local. Conversas simples, agradecimentos, orientações, apertos de mãos e mais fotos. Carro, hotel. Ah! O Hotel, impessoal é verdade porém um refúgio no final de mais um dia de trabalho. Procuro descansar, me preparar para o show que iremos fazer logo mais à noite. A banda já se encontra no hotel e toda a equipe de produção está a mil com os preparativos finais. Antes de ir para o meu quarto sou avisado, temos entrevistas, apresentações em rádios locais e etc. Rotina ... incansável rotina. Irão me chamar quando for a hora.
O dia passa, tudo rotineiro como sempre, diferente como sempre também. Hora do show.
Subo no palco. Ah! Aí sim. O palco. Meu recanto, onde me entrego de corpo e alma. Local sagrado e profano para mim. É nos shows que me ofereço por inteiro. Sem me preocupar com o que digo ou o que faço por que digo e faço o que amo e quando se tem amor
não se deve ter vergonha de nada. Pois só o amor justifica tudo. Amor. Palavrinha pequenina que nem mãe e forte como ela. Amo. Amo minha vida, o que faço. Amo minha família e meus amigos. Mas me falta uma coisa. Falta um amor. Um amor para me completar, uma companheira, que esteja ao meu lado mesmo que não seja de corpo presente. E essa é a minha busca. Minha eterna busca. A do amor verdadeiro. Procuro em todos os lugares, não sei como ela é, como pensa, o que faz. Mas sei que também está a minha procura. Mas quem? Quem será essa mulher, esse ser que irá me fazer sentir pleno e completo?
Eu sou Victor Chaves é essa é a minha busca.

Um comentário:

Franci disse...

vitao? é vc q está ai???? ashashuashau cade a minha amiga??? kkkkkkkk

sinceramente monique, vc possui o dom! kkkk baixou o espirito victor chaves !!! continuaaaa rs rs rs rs