Tudo pronto pra mais uma viagem. Pego minha mala, me despeço da D. Graça. Saio do prédio rumo ao aeroporto. Mais uma rotina em minha vida. Já no aeroporto encontro com Leo e sua família , sua esposa faz questão de trazê-lo para se despedirem fico ali vendo aquela cena, e sempre acho bonito, que felicidade e como os dois são cúmplices desse amor, entro no avião comprimentos a todos e me sento em meu lugar, mais uma semana de shows, entrevistas, programas de TV, o que será que nos aguarda nessa viagem ao Centro Oeste? Nossa primeira parada, Brasília. Chegando no aeroporto, faixas, cartazes, fãs histéricas jurando amor incondicional. Acho Graça nesses amores platônicos, ela nem me conhecem, não sabem como sou exigente , rabugento e detalhista se soubessem aposto que nem olhariam pra mim, mas gosto de ver que também somos reconhecidos pelo trabalho e não só pela suposta beleza física que elas tanto falam.
Saímos do aeroporto numa van, escoltados por policiais. Muitos carros nos seguem, são fãs, esses seres adoráveis que fazem qualquer coisa por um sorriso, um aceno até mesmo um oi. Amo-as. De paixão. Seguimos por uma espécie de via expressa. Brasília é uma cidade diferente, ruas largas e longas. Sua arquitetura, toda desenhada por Oscar Niemeyer, mostra sua importância na política brasileira. Argh! Política. Não a política como estudo mas essa que se utilizam do poder em benefício próprio. Detesto! Mas Brasília, como cidade, é linda. Diferente, misteriosa e por que não: melancólica. Ihhh! Acho que quem está melancólico hoje sou eu. Será? Acho que estou carente. Carente de amor, de afeto. Será que hoje encontro minha amada? Será que ela é uma candanga? Rio de mim mesmo. Acho que preciso voltar a fazer análise. Ando tão melancólico. Carência de amor, carência de amor.
Chegamos ao hotel. Tumulto. Tensão. Temos muito cuidado nessa hora. Sempre pode acontecer algum acidente. E a última coisa que precisamos é de alguém machucado, atropelado. Entramos rapidamente pelo estacionamento do hotel. Cumprimentos, conversas básicas, orientações. Sou novamente informado pela produção que teremos entrevistas em rádios, televisão. O de sempre, a rotina de sempre. Subo ao meu quarto. Procuro descansar para mais tarde sim, a magia acontecer. O dia segue sem nenhuma diferença dos outros em que estamos na estrada. Então chega a hora do show.
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